Eventos sequenciais no Sistema Elétrico de Potência do Amapá deixaram a capital e pelo menos mais 10 municípios do interior do estado sem energia entre a noite de segunda (26) e a madrugada desta terça-feira (27).
Os especialistas do setor ainda investigam as causas, mas o problema, que teria começado em uma Linha de Transmissão (LT), provocou a saída de alimentadores responsáveis por parte do fornecimento nos municípios da Região Metropolitana: Macapá, Mazagão e Santana, inicialmente.
Segundo a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), a primeira ocorrência foi por volta de 21h50, com a saída de uma linha que interliga a Subestação Equatorial à Subestação Santana.
Estas perturbações no sistema chegaram à Usina Hidrelétrica de Coaracy Nunes, em Ferreira Gomes, a 140 km de Macapá.
Com a usina fora de operação, o apagão chegou aos municípios de Tartarugalzinho, Amapá, Calçoene, Serra do Navio, Pedra Branca, Porto Grande, Cutias e Itaúbal.
A recomposição só iniciou por volta de 0h30, de forma gradativa. O fornecimento só voltou ao normal em todas estas cidades por volta de 1h30 desta terça.
Em nota, a CEA informou que, no segmento de distribuição, houve grande esforço das equipes operacionais para solucionar o problema no menor intervalo de tempo.
“Os investimentos necessários para a redundância e segurança dos sistemas estão previstos a partir da chegada da Empresa Equatorial Energia, vencedora do leilão de concessão de distribuição de energia para o Amapá. A empresa deve assumir o serviço até dezembro de 2021. Entre as obrigações iniciais, está a aplicação de R$ 400 milhões para a melhoria do serviço em todo o estado”, traz a nota da CEA.
Lá a LMTE – empresa que gerencia a subestação Macapá, onde iniciou o apagão de 2020 –, negou qualquer problema nas suas linhas de transmissão e subestações.
“A subestação que apresentou problemas é de média tensão, portanto, não é operada pela LMTE”, reforçou a empresa.
Especialistas evitam, ainda, um diagnóstico preciso, mas dizem que, provavelmente, o problema iniciou na transmissão da energia, afetando, em seguida, a geração e, por conseguinte, a distribuição aos consumidores finais.