Sindicato diz que professor não está pronto para voltar presencialmente

Sinsepeap afirma que para retorno seguro, professores e alunos precisam estar imunizados 100%.
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Por ANDRÉ SILVA

O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) se posicionou, nesta sexta-feira (23), de forma contrária ao retorno das aulas presenciais em agosto, como planeja a Secretaria Estadual de Educação (Seed). Para a presidente da entidade, Katia Cilene, a escola pode estar pronta, mas os professores e alunos não.

Ela referiu-se à cobertura vacinal dos professores e alunos. Afirmou que nem todos os educadores receberam a segunda dose da vacina e os que já receberam, “ainda não criaram imunização contra o vírus”.

Kátia Cilene também citou como impedimento para o retorno a cobertura vacinal dos estudantes. Ela lembrou que o calendário ainda não alcançou a faixa etária desse público.

“O Estado do Amapá ainda não completou o seu calendário de imunização dos trabalhadores da educação. Quanto aos alunos, ainda nem chegamos aos 18 anos. Então os alunos, que vão do ensino fundamental 2 até o médio, ainda não foram vacinados”, assegurou a presidente.

Kátia: escolas estão prontas, mas seres humanos não

Ela afirmou, ainda, que deveria ocorreu mais diálogo do governo com a categoria e os Conselhos Estadual e Federal de Educação para o retorno das atividades escolares.

“É uma imposição. É um calendário que não conseguimos dialogar. A secretaria de educação não quer dialogar sobre essa questão com o Sinsepeap”, protestou.

Escolas adaptadas, seres humanos não

A Seed anunciou esta semana, em entrevista ao Portal SelesNafes.com, que as escolas estaduais já foram adaptadas para receber os alunos e os servidores. A presidente, no entanto, diz que o prédio pode estar preparado, mas as pessoas não.

Escolas já estão sendo…

… adaptadas para a higienização de alunos e profissionais da educação

“A escola é feita de tijolos e cimento, mas nós somos seres humanos. Os seres humanos não estão completamente imunizados. A vacina não nos dá essa salvaguarda quanto à completa imunização. Estamos inseguros. Se o aluno for contaminado em sala de aula e morrer, quem será responsabilizado?”, questionou.

Kátia Cilene garante que as aulas podem continuar de forma remota, mas presencial, por hora está, para o Sinsepeap, está fora de cogitação.

Decreto

Na última terça-feira (20), o governo do estado publicou um novo decreto, que flexibilizou ainda mais as restrições de segurança ao contágio da covid-19.

De acordo com o governo, as medidas ajudam a preparar a população para um possível retorno as aulas presenciais em agosto.

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