Por RODRIGO ÍNDIO
A melhoria nos indicadores da covid-19 no Amapá, sobretudo com a queda no ritmo de transmissão do vírus da doença, que caiu de 0.99 para 0.93, na última semana epidemiológica, permitiu ao Amapá flexibilizar ainda mais as medidas de proteção o contágio do novo coronavírus, pelo menos pelos próximos 7 dias.
Por isto, nesta terça-feira (6) já está em vigor o decreto estadual 2261/2021, que tem como principal mudança os novos horários, mais estendidos, para o toque de recolher, setores do comércio, e realização de atividades esportivas e de eventos sociais, corporativos, técnicos e científicos. O documento é válido de 6 a 19 de julho. Veja:
Agora, competições esportivas coletivas em estádios de futebol, ginásios, quadras poliesportivas, praças e/ou outras atividades podem acontecer das 6h às 22h, desde que sem a presença de público e sem o consumo de bebidas alcoólicas.
A circulação de pessoas em praças, calçadas, logradouros e vias públicas não é permitida das 0h até às 5h manhã (toque de recolher), exceto em casos de emergência.
Também foi ampliado o horário de funcionamento de shopping center para 10 às 22h, com 50% da taxa de ocupação do estabelecimento. Restaurantes e churrascarias poderão funcionar de 10h às 23h.

Restaurantes também tiveram horários estendidos
Segundo Waldez, essas novas aberturas só foram possíveis em razão da redução dos riscos de infecção pela covid-19 e da ampliação da vacinação da população amapaense.
Atualmente, a taxa de letalidade do Amapá é de 1.57, bem abaixo da taxa nacional que é de 2.79. Já a taxa de ocupação de leitos de UTI na rede pública é de 48% e a de leitos clínicos na rede pública é de 40.24%. O estado também registrou uma redução de 45.45% no número de óbitos e de 30.17% de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
Até o momento, 23,33% dos amapaenses receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, e 8,36% foram imunizados com a segunda dose ou dose única.
“Estamos fazendo essas flexibilizações sem perder a mão, sem perder as conquistas. As possibilidades de nos livrarmos de uma terceira onda são muito boas. Mas não podemos perder a mão, ou seja, nem a sociedade, empreendedores, trabalhadores e governo acharem que já podemos afoitamente liberar tudo. Temos que ter cautela”, alertou o governador.
Vacinação
Além da queda nos índices de monitoramento da doença, o avanço da vacinação, que até a última atualização estava em 23,33% da população do Amapá, foi um fator decisivo para extensão dos horários de atividades socioeconômicas, esportivas e culturais pelos próximos 7 dias.
O ritmo da imunização deixou o governador otimista para que até o final do ano toda população vacinável do Amapá – a partir de 18 anos – esteja protegida com a primeira dose de vacinas contra a covid-19. Ele acredita que até a primeira metade do mês de agosto, mais 100 mil pessoas devam ser vacinadas no estado com a D1.

Waldez: pela distribuição, Amapá já está chegando em 30% da população vacinada. Fotos: Rodrigo Índio/SN
Ao Portal SelesNafes.com, Góes disse que em 45 dias o Amapá poderá dizer que controlou a pandemia em relação às cepas que já existiam quando as vacinas usadas no Brasil começaram a chegar à população.
“Estamos com muita competência na aplicação da D1. Estamos com cada vez menos pessoas infectadas. Não tenho dúvida que até o final do ano nós vamos ter toda a população do Amapá vacinada. Acredito que os números atuais [de 23,33%] não representam o real, porque existe um delei [atraso de atualização] em relação às vacinações mais longínquas, como de ribeirinhos e de outras comunidades tradicionais, distantes das sedes urbanas e esses dados demoram um pouco a chegar, é compreensível, é a realidade da Amazônia. Mas pela distribuição, acreditamos que já estamos chegando em 30% da população”, animou-se o governador.