Vídeo: a aventura dos castanheiros no Amapá

As aventuras se passam nos castanhais do Rio Iratapuru, na zona rural do município de Laranjal do Jari, sul do Amapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Eudimar Viana, de 39 anos, nascido e criado nos castanhais do Rio Iratapuru, na zona rural do município de Laranjal do Jari, sul do Amapá, foi quem gravou os vídeos que impressionam, na descida e subida dos rios e igarapés, no período da coleta da castanha no Amapá.

O Portal SelesNafes.com preparou uma série de três reportagens, que serão publicadas aos domingos para conhecermos um pouco mais sobre a vida destes homens e mulheres que vivem em harmonia com a natureza e fizeram da castanha seu sustento de vida.

Nesta primeira reportagem, iremos falar sobre o espetacular, perigoso e destemido processo de transporte da castanha.

Nas imagens dos vídeos gravados por Eudimar nesta safra de 2021 e compilados pelo Portal SN, é possível ver toda a destreza, perícia e coragem da tripulação da pequena nau, especialmente do proeiro, que, neste caso, é o seu irmão, Éder Viana.

Mas, se para baixo “todo santo ajuda”, subir é um desafio. Em vários momentos os passageiros têm que descer da canoa grande para fazer passá-la pelas pedras. Nesse processo, as equipes se ajudam. Em outros momentos, os igarapés são demasiadamente estreitos, e os homens têm que ir abrindo caminhos com facões e terçados.

Para chegar até os castanhais onde os Vianas realizam a coleta…

… é necessário percorrer..

… 130 km rio Iratapuru acima

Entre as castanheiras e as vilas onde moram os extrativistas, há uma grande distância. Para chegar até os castanhais onde os Vianas realizam a coleta é necessário passar por 20 cachoeiras ou corredeiras, em 130 km rio Iratapuru acima.

O proeiro Éder Viana ajuda a puxar a embarcação contra a maré do Iratapuru. Fotos: Arquivo Pessoal

Igarapés também representam perigo

“A última etapa é o transporte, o escoamento. Não tem estrada lá na RDS [Reserva de Desenvolvimento Sustentável], não é que nem no Cajari que tem estrada, a estrada lá são os rios e esses rios eles tem muitas corredeiras, cachoeiras. O rio Iratapuru tem muitas cachoeiras que a gente tem que passar e é perigoso, fora os rios encachoeirados, tem a parte do igarapé, que também tem perigo, porque eles são estreitos e a gente desce com carga e tem risco de acidente também”, relatou Eudimar.

Parte do objetivo das matérias é para ajudar na divulgação do trabalho das famílias de extrativistas, que, muitas vezes, são desconhecidas até dos próprios amapaenses.

Parte desta história pode ser acompanhada no perfil pessoal de Eudimar Viana no Facebook e na página da Comaru, a Cooperativa Mista dos Produtores e Extrativistas do Rio Iratapuru.

É preciso enfrentar a força da natureza para fazer a colheita

Na próxima publicação iremos abordar o trabalhoso processo de coleta da castanha e a comercialização e a situação das famílias de extrativistas.

Seles Nafes
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