Após vender e não entregar apartamento invadido, homem é morto dentro de residencial

Local do crime é um conjunto habitacional inacabado e invadido, localizado ao lado do Ciosp do Bairro Congós, na zona sul de Macapá.
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Por OLHO DE BOTO

Um detento do Iapen que cumpria pena no regime aberto domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica, foi morto a tiros na noite deste sábado (28), por volta de 20h30.

O crime ocorreu dentro de um conjunto habitacional localizado ao lado do Ciosp do Bairro Congós, na zona sul de Macapá. Com as obras paralisadas há mais de uma década, os apartamentos de 5 blocos foram invadidos e ocupados por dezenas de famílias no mês de maio deste ano.

A vítima, segundo a polícia, tem passagens pelos crimes de roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Walerson Oliveira dos Santos, de 24 anos, era um dos ‘inquilinos’ do prédio.

Avatar, como o criminoso era conhecido, foi baleado na escadaria que dá acesso ao apartamento onde ele morava. Somente na cabeça, os peritos constataram 5 perfurações produzidas por pistola.

Polícias Civil e Militar no local do crime. Fotos: Olho de Boto/SN

Avatar foi morto na escada do bloco, ao sair do apartamento

Quando os militares do 1º Batalhão chegaram ao local, o atirador já tinha fugido, mas os policiais descobriram que Avatar já vinha sendo ameaçado por vender e não entregar ao comprador o apartamento que ocupava, por isso, teria sido morto.

“Segundo informações que coletamos no local, uma irmã dele seria ‘dona’ de um dos apartamentos que foram invadidos em maio, e foi para este apartamento que ele veio ao sair do Iapen beneficiado pela progressão de regime concedida pela Justiça. E, parentes confirmaram, que ele teria vendido esse apartamento para uma pessoa e essa pessoa já vinha cobrando que ele saísse do local. Há alguns dias, a irmã deixou o apartamento, após receber ameaças de uma pessoa que se dizia dona do imóvel, e ele ficou morando sozinho. Mas tudo falta ser investigado e confirmado”, informou o tenente Elder Carvalho.

Habitacional foi ocupado irregularmente em maio deste ano

Corpo de Avatar foi removido pela Politec

A identidade do homem que teria comprado e não recebido o apartamento de Avatar não foi revelada pela polícia, mas a versão repassada à PM também foi confirmada pelo delegado Luiz Carlos, da Delegacia de Homicídios, que esteve na cena do crime.

Delegado Luiz Carlos assumiu as investigações

“Por se tratar de uma ocupação irregular, é comum que disputas por imóveis ocorram e que nisso seja aplicada a lei do mais forte. Vamos ver se essa linha de investigação se confirma. Por enquanto, a informação que nós temos é que ele [Avatar] estava negociando esse imóvel e existia uma pressão para ele sair do local, mas são informações preliminares”, enfatizou o delegado.

Seles Nafes
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