Em busca de provas por compra de votos, PF ‘visita’ casas de investigados em Macapá

Agentes federais deram cumprimento a quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, todas em Macapá.
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Uma prisão em flagrante por compra de votos, realizada pela Polícia Federal no dia 1º de outubro de 2018, durante as eleições, em Macapá, desencadeou, na manhã desta segunda-feira (16), a Operação San Mai.

A PF não divulgou quais candidatos eram favorecidos com o suposto esquema. Mas agentes federais cumpriram hoje quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, todas em Macapá.

No dia da prisão em 2018, um servidor público, “seguindo ordem de uma superior hierárquica”, estava com valores em espécie durante evento político de um candidato naquelas eleições, quando foi surpreendido por uma equipe de fiscalização do Ministério Público Eleitoral.

Verificou-se que no evento, que ocorria no Conjunto Macapaba, por diversas vezes, pessoas entravam e saíam do carro do servidor público.

Quando o veículo foi abordado, encontrou-se pouco mais de 4 mil reais em dinheiro, além de vários receituários médicos, anotações com nomes de pessoas e valores, solicitações de exames médicos, anotações de conserto de veículos, bem como santinhos de candidato ao governo.

Buscas foram feitas…

… em quatro endereços de Macapá. Fotos: Ascom/PF

Outro ponto que se investiga é o uso de bens do estado para fins políticos, uma vez que a investigação apontou que uma aeronave fora usada de forma indevida, pois estava no evento de campanha, mas não foram demonstrados argumentos para justificar sua presença no local naquela data.

Diante da necessidade de colher mais elementos de convicção, além de identificar os demais envolvidos, principalmente aqueles com poder de decisão, a PF deflagrou a Operação San Mai – expressão japonesa que significa três camadas e é o termo usado na forja de metais, é uma referência às camadas do Poder Público envolvidas na investigação.

Os crimes de corrupção eleitoral e associação criminosa, juntos, podem levar a uma pena de sete anos de reclusão.

Seles Nafes
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