Ex-padrasto que sequestrou e matou bebê de 1 ano começa a ser julgado

Juri, que ocorre no Fórum de Macapá, marca o retorno gradual das sessões presenciais da Justiça do Amapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Depois de seis adiamentos, Messias Machado Barbosa, de 31 anos, o ex-padrasto acusado de sequestrar e matar a enteada, a bebê Thayla Cristina Ferreira, de 1 ano de idade, começou a ter seu futuro decidido por um Júri popular nesta quinta-feira (19). O crime ocorreu em 15 de setembro de 2019.

O julgamento marca o retorno gradual das sessões presenciais da Justiça do Amapá. Mais de 20 jurados participaram do sorteio e apenas sete ficaram na sessão compondo o conselho de sentença. Todos estão seguindo normas de biossegurança.

Por volta se 9h10 houve um intervalo para, posteriormente, começar o julgamento em definitivo.

Segundo o promotor do Tribunal do Júri, Eli Pinheiro, os indícios apontam que, por não aceitar o fim do relacionamento com mãe da criança, o réu sequestrou e matou, brutalmente, a menina. A acusação trabalhará com a tese de homicídio triplamente qualificado.

Messias está no banco dos réus

Ele está preso desde a época do crime. Foto: Arquivo SN

O julgamento não tem previsão de horário para acabar. Fotos: Rodrigo Índio/SN

Promotor Eli Pinheiro: “Ele se vingou de forma inusitada, pegou a criança indefesa e enfiou ela no lago”

“Ele se vingou de forma inusitada, pegou a criança indefesa e enfiou ela no lago, segundo o policial que atendeu o caso. Um vizinho viu ele entrando na casa. A mãe estava saindo do trabalho. São três qualificadoras que sustentam: o motivo torpe, o meio cruel e impossibilidade de defesa”, disse o promotor.

O advogado do réu, Hugo Silva, diz que o objetivo da defesa é tentar desclassificar o processo para homicídio culposo, visando que o alegado pelo Ministério Público é o contrário do que aconteceu.

Familiares da pequena Thayla …

estão em frente ao Fórum pedindo justiça

Hugo Silva, advogado de defesa: “ele consumiu bebida alcoólica e negligenciou aos cuidados da criança e foi que chegou a tal ponto. Foi um descuido”

“O senhor Messias Machado Barbosa foi denunciado pelo próprio Ministério Público com a alegação que o mesmo teria matado a criança de modo cruel mediante afogamento. E dificultou e impossibilitou a defesa de vítima. Só que é totalmente ao contrário do que tá nos altos. Houve uma discussão anterior dos familiares, ele consumiu bebida alcoólica e negligenciou aos cuidados da criança e foi que chegou a tal ponto. Foi um descuido”, alegou o advogado de defesa.

O julgamento não tem previsão de horário para acabar. Familiares da pequena Thayla estão em frente ao Fórum Leal de Mira, onde ocorre a sessão, pedindo por justiça.

Avó da vítima, Maria Conceição: “Dói muito”

Thayla Cristina Ferreira havia completado um ano de vida. Foto: reprodução

“Foram seis adiamentos no julgamento. Dói muito. Queremos que ele pague com pena máxima pelo o que fez”, falou, emocionada, Maria da Conceição Abreu, avó da vítima.

Thayla Cristina Ferreira foi morta dois dias após o aniversário de 1 ano. O caso completa 2 anos no dia 15 do próximo mês.

Shirley Hausseler, chefe de gabinete da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá

Shirley Hausseler, chefe de gabinete da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá, destacou que a retomada das sessões presenciais só foi possível após um longo período de adaptações e cuidados sanitários para todos os envolvidos em cada plenária. O intuito é seguir com os julgamentos presencias.

Messias Machado Barbosa está preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) desde o dia do crime.

Seles Nafes
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