Filme sobre garimpo do Amapá concorre em festival

Utopia é o segundo filme da cineasta Rayane Penha e é mais um fruto do 1º Edital do Audiovisual Amapaense.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A história do Amapá, tanto a oficial contada nos livros, como aquela feita por homens e mulheres esquecidos, está fortemente ligada ao garimpo, e, por consequência, a quem nele trabalha.

A figura do garimpeiro – como o pai da diretora Rayane Penha – é parte do filme “Utopia”, que está concorrendo no Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo.

Além disso, Utopia concorre no que se chama de “prêmio de aquisição”, onde o canal de televisão por assinatura Curta! irá adquirir alguns dos curtas-metragens que tenham tido mais visualizações. O período começou no dia 19 e irá até o dia 29 de agosto. 

O filme pode ser assistido clicando no link https://linkr.bio/raypenha

Rayane Penha tem 25 anos e morou no Vila Nova, distrito de Porto Grande, região muito famosa por sua atividade de garimpos de ouro. Ano após ano, homens se embrenham no meio da mata, da terra e da lama atrás do metal precioso, com sonhos de grandeza e riqueza, ou pelo menos de conquistar uma vida melhor.

Diretora Rayane Penha propõe aprofundar as discussões sobre garimpos…

… nas suas obras

Esse tema marca muito a diretora, e seu pai é um dos homens que ali também teve o final da sua vida. Ele faleceu em decorrência de um acidente, quando um barranco desabou e foi soterrado.

“Por ter morado na localidade e ter visto a vida do meu pai no garimpo eu sempre via que tinham muitas temáticas para serem discutidas sobre isso e via sempre discussões muito rasas sobre. Sinto que os meus trabalhos tentam trazer isso, sair de um lugar comum sobre essas discussões, o Utopia, por exemplo, mostra a terra sendo explorada, assim como os corpos desses homens, eles também são explorados”, destacou Rayane.

O Utopia é o segundo filme da cineasta e é mais um fruto do 1º Edital do Audiovisual Amapaense, uma comprovação do momento maduro e extremamente fecundo do segmento no Amapá.

Curta-metragem se propõe a mostrar realidade crua…

,,, dos garimpos

Há uma realidade irreversível: o Amapá tem cineastas e muita gente trabalhando com cinema e produzindo materiais muito qualificados, que são elogiados e até premiados nas mostras e festivais onde são exibidos em todo o país.

Aí também reside a importância do apoio ao filme de Rayane para que, quem sabe, obtenha muitas visualizações e possa alcançar mais essa conquista de ser adquirido pelo renomado Curta!.

Seles Nafes
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