Sem estrutura, volta às aulas é questionada em escola de Macapá

Escola municipal localizada no Bairro Jesus de Nazaré, área central de Macapá, é uma das mais questionadas.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Com o avanço do processo de vacinação, a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) definiu o retorno das aulas na capital para a próxima segunda-feira (9), num modelo que chama de “formato flexível híbrido”.

No entanto, a modalidade que passa a ter de volta as aulas presenciais, é questionada, tanto pela segurança sanitária, quanto pela estrutura das escolas municipais.

Este é o caso da mãe de aluno, Anne Távora, de 37 anos, que tem o filho estudando na Escola Municipal Rondônia, localizada no Bairro Jesus de Nazaré, área central de Macapá.

Ela questiona o fim da possibilidade de ensino remoto, ou seja, com aulas online. Esclarece que não é contra o retorno das aulas presenciais em si, mas desde que isto ocorra com a estrutura e segurança devida.

“Por segurança”, ela se refere tanto às questões sanitárias, sobre a covid-19, como a estrutura física da escola.

Estrutura apresenta algumas precariedades como…

… Infiltrações…

… problemas no telhado e forro

O formato flexível híbrido irá dividir as turmas ao meio de modo que metade assistirá as aulas em um dia e a outra metade no dia seguinte, para que menos alunos fiquem juntos dentro da sala de aula.

No dia em que estão em casa, os pais têm que pegar atividades, apostilas impressas para os alunos cumprirem aula em casa. Nos sábados letivos, ocorrerão aulas online.

A PMM elaborou um termo de autorização no qual os pais se identificam e têm a opção de marcar a autorização para esta modalidade ou não autorizar, em caso de contrariedade. Neste segundo caso, o pai ou mãe está se comprometendo a receber e acompanhar as atividades não presenciais que a escola disponibilizará para o aluno. Não há nela, portanto, a possibilidade de ensino remoto.

“O que me incomodou é que nesse plano de retorno, eles excluíram a possibilidade dos nossos filhos continuarem tendo aula online. Para aqueles pais que não concordam em retornar os filhos para as aulas presenciais, eles poderiam dar essa oportunidade e essa possibilidade, e não tem mais. Ou o aluno vai para a escola, ou vai ser de forma só impressa a aula, sem interação com os professores e demais colegas”, declarou Anne.

Situação do banheiro da escola. Fotos: Divulgação

Estrutura

As imagens da escola comprovam as afirmações de Anne: a estrutura precisa de correções importantes. Infiltrações, problemas no telhado, forro e banheiros são algumas das preocupações.

Não é primeira vez que a mãe faz essa reclamação. Ela contou ter conversado com o antigo diretor da escola e o mesmo informou que já teria solicitado à secretaria de obras do município a realização dos reparos necessários. Dois meses passaram-se e nada foi feito.

“Se a escola estivesse com pelo menos o mínimo de estrutura, daria maior segurança para que a gente pudesse retornar com nossos filhos pra lá, só que é muita incoerência eu permitir que meu filho vá pra que nem banheiro tem”, declarou a mãe.

Maior parte da estrutura física está deteriorada pela ação do tempo

Direção da escola

A professora Telma Nascimento, diretora da escola Rondônia, falou ao Portal SelesNafes.com e declarou:

“A escola está seguindo as diretrizes da Secretaria de Educação Municipal, fato constatado pelo sindicato de servidores quando a Sra. Anne Távora acionou os mesmos. Quanto a estrutura física, estamos adequando o espaço conforme a realidade da escola pública”, disse a gestora.

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