Servidores da saúde de Macapá fazem protesto contra assédio de chefes

Manifestação ocorreu em frente a sede da Secretaria Municipal de Saúde, na região central da capital do Amapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Após várias de denúncias por assédio moral por parte de chefias das unidades de saúde de Macapá não darem em nada, os profissionais resolveram protestar.

Nesta sexta-feira (13), um grupo de servidores esteve junto ao sindicato da categoria, o Sindesaude, em frente à Secretaria Municipal (Semsa), no Bairro do Laguinho, região central da capital do Amapá.

“Não tire do seu tempo para ir ameaçar servidor em UBS, com falta, com demissões. E aqui hoje estamos protestando contra esse tipo de assédio, esse tipo de situação que vem acontecendo hoje dentro das UBSs e que parte de cargos de confiança que a senhora [Karlene Lamberg, secretária de saúde de Macapá] indicou, hoje estão assediando esses trabalhadores”, declarou Franco Aiezza, agente de endemias de Macapá e diretor do Sindesaude.

Medo

Desde algumas semanas o Portal SelesNafes.com conversou com diversos trabalhadores do município, que relataram transferências sem justificativas e perseguição nas unidades de saúde e a manifestação, portanto, foi uma resposta às denúncias que tem chegado ao sindicato.

Kliger Campos, presidente do Sindesaude

No entanto, havia trabalhadores que sequer sentiam-se à vontade de aparecer nas fotografias da matéria ou mesmo de ir até a manifestação.

Outras reclamações

O assédio moral era a principal pauta da manifestação, mas também houve reclamações sobre a falta de insumos e medicações da rede municipal e sobre a escala de trabalho, que segundo os funcionários, está equivocada e privilegiando os servidores de contratos, que nada podem requerer de melhorias de trabalho pela condição frágil do seu vínculo.

Franco Aiezza, agente de endemias de Macapá e diretor do Sindesaude. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

“Aquele trabalhador que cobra um trabalho bom, correto, que cobra remédios e tenta colaborar sem baixar a cabeça para as chefias, geralmente é punido. A situação é verificada tanto no Estado quanto no município. Já nos reunimos com Sesa e com a Semsa e aguardamos que sejam tomadas medidas”, declarou o enfermeiro Kliger Campos, presidente do Sindesaude.

Ato foi pacífico

Semsa

O portal SelesNafes.com buscou, no momento em que a manifestação era realizada, uma resposta da secretária de saúde ou de algum porta-voz da Semsa, mas fomos informados na portaria que a Lamberg está em viagem e que ninguém iria se pronunciar. Horas depois, também contactamos a Assessoria de Comunicação da Semsa, sem, no entanto, obtermos respostas até o fechamento desta publicação.

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