“Vivo ou morto, meu amor continua o mesmo”, diz mãe de garoto desaparecido

Caso continua intrigando polícia e população no município a 370 km de Macapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Maria Regiane de Deus, de 50 anos, a mãe de Jackson Rodrigues Pereira, um dos dois garotos que desapareceu no Lourenço, distrito do município de Calçoene, a 370 km de Macapá, afirmou ao Portal SelesNafes.com nesta sexta-feira (27) que, independente do que tenha ocorrido, seu amor por Jackson continua sempre o mesmo.

A mãe contou que seu filho e Danilo de Souza Picanço, ambos com 17 anos de idade, saíram de casa no dia 25 e a família não soube mais nenhuma informação sobre eles, a não ser boatos, que estão espalhados pela região.

De concreto mesmo, apenas a roupa do seu filho, um edredom e uma rede, que foram achados em um local inóspito há cerca de 30 minutos da Vila do Lourenço, no caminho para o Garimpo do Limão, onde a mãe informou que o garoto estava a caminho para trabalhar.

Após mais de um mês sem notícias, Regiane está confusa. Afirma não ter ideia do que pode ter ocorrido, ainda que, de alguma maneira, também leve em conta a hipótese de seu filho não estar mais vivo.

Um dos elementos que a faz pensar nisso, além do fato óbvio de que ele não entrou em contato, é que Jackson não entrou na conta do seu Facebook desde o dia 25.

“Eu conheço o filho que eu tenho. Se meu filho tivesse vivo, se por acaso ele estivesse em algum lugar, ele já tinha entrado em contato com a irmã dele. Porque a irmã dele tem a senha do Facebook dele. Então desde o dia 25 de julho ele não entra no Facebook e se ele estivesse vivo, ele já teria entrado. Eu não tenho mais forças para fazer pedido, mas se o meu filho tiver vivo e estiver ‘escutando’, a única coisa que quero dizer pra ele é que meu amor por ele, nunca diminuiu. Se ele estiver vivo ou se ele estiver morto, o meu amor por ele vai continuar o mesmo”, declarou Maria Regiane, mais conhecida na região como Edileuza.

Boatos e versões

Áudios espalhados na região e o famoso “disse-me-disse” têm feito parte da rotina do Lourenço desde o desaparecimento.

A mãe de Jackson informou que um rapaz afirmou que seu filho estaria em um “rabo de uma caixa”, ou seja, morto. Outra pessoa, a que informou onde estavam as roupas de Jackson, não está sendo investigada, embora já tenha sido ouvida pela polícia.

O delegado responsável pelas investigações, Niury Relry, segue cauteloso ao dar informações, para não prejudicar a apuração.

No entanto, ele afirmou ao Portal SN que, nesta quinta-feira (26), escutou três testemunhas que confirmaram terem visto os dois rapazes na moto e que, portanto, acredita que uma das possibilidades é de que os garotos estejam vivos, mas escondidos.

“Essas testemunhas disseram que teriam vistos os rapazes depois do dia 25. Estamos averiguando todas as possibilidades”, limitou-se a dizer o delegado.

Bombeiros militares continuam as buscas pela região de mata a partir do local onde os pertences deles foram encontrados.

Seles Nafes
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