Amapá: Caesa é arrematada por R$ 930 milhões

Ao lado do senador Davi, do presidente do senado Rodrigo Pacheco, e presidente do BNDES, Gustavo Montezano, o governador do Amapá, Waldez Góes comemorou a concessão.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) foi privatizada, na modalidade de concessão, pelo Governo do Estado do Amapá (GEA) por R$ 930 milhões na tarde desta quinta-feira (2), na Bolsa de Valores de São Paulo.

O grupo vencedor foi o Consórcio Marco Zero, que ofereceu R$ 930 milhões. A concessão será pelo período de 35 anos.

Segundo o jornal Valor Econômico, especializado na área, o Consórcio fez uma proposta “agressiva”, pois além dos R$ 930 milhões, também ofereceu 20% de descontos nas tarifas para os usuários. Em termos comparativos, a proposta que ficou em segundo lugar foi de R$ 426,5 milhões, menos da metade do ofertado pelo Marco Zero.

Após o leilão, o governador do Amapá Waldez Góes (PDT), concedeu entrevista coletiva através da Tv B3, da Bolsa de São Paulo, onde comemorou o resultado e ressaltou a responsabilidade ambiental e social que o grupo vencedor terá que assumir.

“Nosso maior problema ambiental no Amapá, não é o desmatamento ou queimadas, mas sim o saneamento”, declarou Waldez.

Waldez: maior problema ambiental no Amapá é o saneamento. Fotos: Reprodução

O governador agradeceu a parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que preparou o edital em articulação com a equipe econômica do Governo do Amapá. O presidente do banco, Gustavo Montezano e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), foram destacados por Waldez como tendo sido fundamentais na condução do processo. Eles estavam na cerimônia ao lado do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), responsável pela aprovação, em junho, do marco legal do Saneamento Básico no Brasil.

Marco Zero e Amapá

Com a aquisição da concessão da Caesa o Consórcio Marco Zero, especialmente de uma de suas empresas, a Equatorial Energia – que tem 80% de participação do grupo, estabelece importante relação com o Amapá. A Equatorial foi a empresa que, em junho, ganhou o leilão de concessão da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).

Além disso, o grupo também comemorou a sua entrada no ramo do saneamento.

“A concessão marca a entrada no segmento de saneamento e representa um importante passo na estratégia de crescimento do grupo no setor de infraestrutura, sempre buscando disciplina na alocação do capital. O modelo de gestão da Equatorial baseado em uma cultura de dono, alinhamento de toda a cadeia para os resultados, e com excelência operacional, já trouxe grandes resultados no setor elétrico e será agora implementado neste novo segmento”, diz trecho da nota da empresa Equatorial.

Davi foi participou diretamente da condução do processo

O governador do Amapá também citou os trabalhadores urbanitários em sua declaração, informando que eles teriam tido participação na construção deste processo. Não ficou claro, no entanto, qual será o destino dos funcionários efetivos da Caesa.

A Marco Zero terá que fazer investimentos na ordem de R$ 3 bilhões na rede de água e esgoto do Amapá durante os 35 anos em que será a concessionária.

Seles Nafes
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