Em Macapá, voluntários buscam apoio para batizado de jovens capoeiristas

Projeto é realizado no Bairro Novo Horizonte
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Por JÚLIO MIRAGAIA

Para um grupo de professores de capoeira da zona norte de Macapá, a prática esportiva pode mudar a vida de crianças e adolescentes que moram em áreas de ressaca. Eles estão buscando apoio para realizar o sonho de seus alunos: o primeiro ‘batizado’, que é o evento da troca de cordas desta modalidade que reúne esporte e cultura.

Os professores Caio Jorge Souza e Silva, de 32 anos, e Benilson Silva Santos, de 35 anos, ofertam os treinamentos de forma voluntária há cerca de 3 anos, na Associação de Moradores do bairro Novo Horizonte. No local, também ocorrem aulas de muay thai e jiu-jitsu.

Nas aulas de capoeira, cerca de 20 alunos, entre crianças e adolescentes participam. A garotada, segundo eles, tem retornado aos poucos, com a desaceleração da pandemia.

“Trabalhamos com essas crianças e adolescentes para trazer um futuro melhor a elas. Para tirá-las de perto do mundo do crime. Sempre incentivando o estudo, a gente prega muito a educação e o respeito”, explicou o professor Benilson.

Caio e Benilson: um futuro melhor para as crianças

Turma de jovens capoeiristas quer passar pelo batismo

Já o professor Caio Jorge conta que o trabalho voluntário vem do amor à capoeira.

“Já tivemos várias decepções e mesmo assim a gente não deixa a peteca cair. O que move a gente é a bandeira da capoeira”, disse.

Um dos alunos do projeto, Albert Lian, de 18 anos, conta que é aluno de professor Caio desde quando ele realizava treinos no Bairro Jardim Felicidade II. O rapaz concluiu o ensino médio recentemente e conta que a prática esportiva o ajuda a ter disciplina na preparação para concursos públicos.

“Não tenho como explicar o que significa para mim a capoeira. Ela ajuda a gente em muita coisa na vida”, disse o jovem.

Apoio

Sobre o apoio para o batizado, os capoeiristas fazem um apelo. O grupo chegou a realizar um torneio na semana passada para angariar fundos, mas o dinheiro arrecadado ainda não foi suficiente. A pretensão é realizar o evento no começo do mês de outubro.

“A maioria dos alunos são de áreas de pontes e não tem como pagar uma mensalidade, um uniforme. A única coisa que a gente cobra aqui é a disposição, e toda ajuda é bem vinda para que a gente dê continuidade a esse projeto”, completou Caio.

Quem tiver interesse em ajudar o projeto de capoeira, basta entrar em contato com o professor Caio Jorge, através do WhatsApp: 99171-9451.

Seles Nafes
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