Justiça mantém preso jovem que matou ‘tia’ por vingança

Marinilson da Silva Santos foi preso em flagrante próximo ao local do crime, na zona norte de Macapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO

A Justiça do Amapá decidiu manter preso Marinilson da Silva Santos, de 20 anos, que segundo a Polícia Civil teria confessado o assassinato de Aldeniza dos Santos Gama, de 47 anos, a quem ele chamava de ‘tia’, por ter sido acolhido e morado na casa da vítima por 4 anos.

O crime, que chocou a opinião pública e teve grande repercussão social, ocorreu na madrugada de terça-feira (14), dentro da casa da vítima, na Rua Santarém, Bairro Parque dos Buritis, zona norte de Macapá.

A decisão, expedida nesta quinta-feira (15), é do juiz Moises Ferreira Diniz, que converteu a prisão em flagrante em preventiva. Mesmo levando em consideração os “bons antecedentes” de Marinilson, o magistrado optou em mantê-lo preso para não gerar sensação de impunidade.

“Sobre os antecedentes criminais, verifico que o custodiado é primário, não respondendo a outros processos. No entanto, trata-se de um crime gravíssimo em que houve a morte de uma pessoa e vitimou outras pessoas, com emprego de alta violência. (…) O judiciário também é responsável pela garantia da ordem pública e aplicação da lei penal sob pena de institucionalizar a ideia de que o crime compensa”, justificou o magistrado na decisão.

Marinilson foi preso em flagrante. Foto: Rodrigo Índio/SN

Aldeniza tinha acolhido Marinilson como um filho em sua casa. Fotos: Divulgação

Marinilson foi preso pela Polícia Civil, algumas horas após o crime, na tarde de terça-feira. Ele foi indiciado pelo delegado Vladson Nascimento, da Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM), por homicídio qualificado e pela tentativa de homicídio contra as filhas das vítimas, que foram feridas, mas conseguiram escapar.

Segundo o delegado o jovem confessou o crime com frieza e não mostrou arrependimento. Ele teria dito que desferiu os golpes de faca nela e nas filhas, simplesmente por vingança. O acusado teria sido expulso, um ano atrás, da casa de Aldeniza, que o acolheu “de favor”, cinco anos antes.

Delegado Vladson: crime foi premeditado por Marinilson

“Um motivo fútil, motivo banal. Ele guardou aquilo dentro do coração, depois de 1 ano e seis meses, tomou 2 latinhas de cerveja foi até a casa da vítima, esperou ela dormir e desferiu os golpes”, comentou o delegado.

Seles Nafes
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