Por OLHO DE BOTO
A Polícia Civil investiga mais uma execução decorrente da guerra entre organizações criminosas que atuam no Amapá.
O homicídio foi confirmado na tarde desta sexta-feira (24), quando o corpo de um jovem que estava desaparecido há um dia foi achado por familiares após a mãe da vítima receber uma mensagem indicando o local.
O caso é investigado pelo delegado César Ávila, da Delegacia de Homicídios. A polícia acredita que a execução é resultado da guerra entre facções.
O corpo estava em um matagal às margens da Linha E, via que interliga o Bairro Parque dos Buritis, na zona norte, e Comunidade do Ramal do KM-9 (AP-440), na zona oeste da capital.
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Perícia conferiu 12 disparos no corpo da vítima. Fotos: Olho de Boto/SN e Reprodução
A vítima foi identificada como Rômulo de Souza Xisto, de 20 anos. Familiares disseram que ele estava desaparecido desde quinta-feira (23), quando foi visto pela última vez por volta de 10h.
Antes disso, porém, um vídeo da execução circulou nas redes sociais. As filmagens mostram que a vítima, de joelhos, é obrigada a mencionar os nomes dos chefes da facção a qual, supostamente, pertence, a Família Terror do Amapá (FTA).
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De joelhos, vítima foi obrigada a falar nomes de chefes de facção
“Bocudo, Espeta, Imperador (…) ‘tou’ morrendo porque sou terrorista [termo que os membros da FTA se autointitulam]”, diz antes de ser atingido com vários tiros.
Nesta sexta-feira, foi entregue um bilhete anônimo para a mãe de Xisto, apontando a localização do corpo. Foi desta maneira que Xisto foi encontrado morto. A polícia não deu mais detalhes.
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Corpo estava em ramal…
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… indicado em bilhete recebido pela mãe da vítima
O perito da Polícia Cientifica, Odair Monteiro, disse que, a julgar pelo estado degenerativo do corpo e ação de aves de rapina e outros animais, o corpo estava a mais de 24 horas no local. Foi possível conferir 12 disparos.