Mãe usou corpo para proteger o filho de tiros

Atitude da mãe de 23 anos salvou menino
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Por RODRIGO ÍNDIO

Está fora de perigo o menino de 3 anos que foi baleado durante uma perseguição entre bandidos que terminou com a morte do avô dele, no último sábado (25). A informação é da mãe do garoto, que também foi ferida durante o tiroteio que ocorreu no Beco da Saudade, localizado na Rua Setentrional, área periférica do Bairro Araxá, em Macapá.

A mulher, que pediu para que ela e o filho não fossem identificados, lembrou que estava na frente de casa quando os dois criminosos desceram de um veículo e começaram a correr atirando o pai dela, Erivan da Silva Souto, o Foca, de 40 anos.

Segundo a Polícia Civil, Erivan da Silva era foragido do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Ele morreu na hora.

A jovem mãe, de 23 anos, disse que em meio aos tiros pulou na frente do filho para defendê-lo dos disparos. Ela levou três tiros nas pernas e o menino foi ferido nas costas, tendo um pulmão atingido.

“Não estávamos no meio do tiroteio, longe de mim ficar olhando essas coisas. Estávamos na frente de casa e meu filho tava entrando, na verdade, estava uns 8 centímetros da porta”, lembrou.

Foca foi morto tentando fugir dos atiradores. Fotos: Olho de BotoA mulher teve alta no início da madrugada de domingo (26). Já a criança passou por procedimento cirúrgico no Hospital de Emergência ainda no sábado.

Por volta de 12h desta terça-feira (28), o menino foi transferido para o Pronto-Atendimento Infantil (PAI), onde deve ficar até a recuperação total.

“Ele está fora de risco, graças a Deus, mas respira com dificuldade, pois a bala atingiu o pulmãozinho dele. Eu levei 3 balas na perna, uma na direita e duas na esquerda, fui para o centro cirúrgico e obtive alta com atestado de 60 dias. Não consigo me locomover sem ajuda, não consigo ficar em pé, nem posso estar com meu filho, pois nem ando. Mas pulei na frente dele para salvá-lo”.

Para o delegado Wellington Ferraz, da Delegacia de Homicídios (Decipe), a execução está relacionada à guerra entre membros de facções rivais e a disputa por tráfico de drogas.

Em menos de um mês, duas crianças (em Macapá e Santana) foram mortas em ações entre facções. 

Seles Nafes
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