Polícia investiga se 3º morto em ação da PM também era inocente

Vítima era odontólogo e filho de uma ex-prefeita de Laranjal do Jari. Caso ocorreu no município de Santana, a 17 km de Macapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Além dos comerciantes Helkison José da Silva do Rosário, de 38 anos, e seu enteado Rafael Almeida Ferreira, de 19 anos, mortos durante uma perseguição da Polícia Militar do Amapá à supostos assaltantes em Santana, na última sexta-feira (10), a Polícia Civil também investiga se o terceiro morto na ação também é inocente.

Igor Ramon Cardoso Lobo, de 28 anos, era o condutor do HB20 que foi perseguido pelas viaturas do 4º Batalhão e acabou perdendo o controle, atropelou Helkison e Rafael, que estavam em uma bicicleta, invadiu uma casa, e também foi baleado pelos militares.

Igor Cardoso era formado em odontologia e filho da ex-prefeita de Laranjal do Jari Euricélia Cardoso. Foi confirmado pela Polícia Civil que trabalhava como motorista de aplicativo.

O delegado da 1ª DP de Santana, Victor Crispim, que investiga o caso, informou ao Portal SelesNafes.com que a quarta pessoa baleada, até o momento identificada apenas como Patrick, afirmou que Igor estava apenas fazendo uma corrida para ele.

“Segundo o Patrick, ele ligou para o Igor a fim de levá-lo na casa da namorada. Essas informações passadas pelo Patrick estão sendo checadas, verificadas”, declarou o delegado.

Peritos da Polícia Científica no local final da perseguição. Fotos: Olho de Boto

Patrick tem passagem por homicídio. Ele foi internado no Hospital de Emergências de Macapá depois de ser baleado naquela noite. Ele era passageiro do HB20.

Quando perguntado se Igor empunhou arma ou se é possível afirmar sua inocência, o delegado foi cauteloso.

“Não recebi o laudo de local de crime e nem necroscópico. Ainda estamos investigando”, limitou-se a informar Crispim.

O Portal SN tentou contato com a ex-prefeita de Laranjal do Jari, Euricélia Cardoso, mas até o momento não obtivemos respostas.

A Polícia Militar já informou que aguardará o fim das investigações para se pronunciar sobre o caso. Os militares que estavam na ação foram afastados do serviço de rua e cumprem expediente interno, com atividades administrativas.

Seles Nafes
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