Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Diversos bairros de Macapá e Santana sofrem, há pelo menos quatro dias, com sequenciais interrupções de energia elétrica.
A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) declarou ao Portal SelesNafes.com, nesta terça-feira (19), que o problema está relacionado ao calor do mês de outubro e sua consequente sobrecarga no sistema – devido ao maior uso de condicionadores de ar.
A Companhia negou racionamento. Relatou que os alimentadores e transformadores que fazem o atendimento da capital do Amapá e de Santana estão com dificuldades de suprir as necessidades por energia elétrica.
“As razões para esses eventos têm relação com a limitação do sistema para suprir uma grande demanda de consumidores, como também, o próprio aumento do consumo de energia neste período de altas temperaturas, em que são utilizados com mais frequência centrais de ar e ar condicionados. Estas ocorrências se intensificaram no mês de outubro que tem registrado elevadas temperaturas”, diz trecho da nota da CEA enviada ao Portal SN.
Vai e volta
No Centro de Macapá, uma das regiões que está sofrendo com o problema, um comerciante relatou que a energia vai e volta diversas vezes e que o jeito tem sido recorrer à métodos antigos.
“Pode queimar aparelhos, nosso ventilador, nosso computador. O registro é manual, voltamos para a época das cavernas, no papelzinho, não tem outra. Só hoje [nesta terça] é a terceira vez que vai e volta. Na minha opinião não é questão de utilização de ar condicionados. Aqui, todo mundo sempre usa de manhã, de tarde e de noite, o Amapá ele é, simplesmente, mal administrado”, declarou Guto Curvelo, de 47 anos, gerente de uma loja no centro comercial de Macapá.
Ligações clandestinas
A CEA também declarou que as ligações ilegais, os chamados “gatos”, contribuem para a instabilidade no fornecimento da energia e, sobre investimentos futuros, relatou.
“Há a expectativa de melhoria a partir dos investimentos iniciais por parte da empresa Equatorial Energia, vencedora do leilão de concessão do setor elétrico do Amapá que ocorreu em junho deste ano. A empresa que será controladora do serviço tem prazo para assumir até dezembro. Entre as obrigações está o aporte de capital imediato de R$ 400 milhões e R$ 500 milhões em um prazo de cinco anos”, finalizou a nota.