Com cartões clonados, golpistas deram prejuízo de R$ 400 mil no comércio

Quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil do Amapá. A clonagem de cartão de crédito era feita a partir de dados roubados com malwares e negociados na DeepWare.
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A Polícia Civil do Amapá conseguiu identificar quatro pessoas que pertenceriam a uma grande quadrilha de golpistas que atua em vários estados do Brasil com clonagem de cartão de crédito feita a partir de dados roubados com malwares e negociados na DeepWare.

A polícia não revelou os nomes dos envolvidos, mas eles foram indiciados na manhã deste sábado (9) por associação criminosa, estelionato eletrônico e lavagem de dinheiro.

A investigação é da 6ª Delegacia de Polícia da capital e iniciou há cerca de um ano. A polícia conseguiu identificar o modo de atuação do grupo criminoso que gerou cerca de R$ 400 mil em prejuízo a empresas varejistas de eletroeletrônicos do comércio amapaense.

Posteriormente, esses produtos comprados com cartões clonados eram revendidos em sites especializados na internet com extrema facilidade, já que tinham notas fiscais. O prejuízo ficava com o lojista, que não recebia pela compra, e para quem teve os dados roubados, que recebia a fatura da conta feita em seu nome.  

Vários objetos foram recuperados, dentre eles 42 celulares, televisores de 55 polegadas, bicicletas, notebooks, impressoras, refrigeradores, móveis de escritório, dentre outros equipamentos adquiridos com os golpes.

Vários objetos foram recuperados…

… dentre os quais, 42 celulares. Fotos: Ascom/PC

Até um carro zero quilômetro foi comprado com lucro dos golpes

Um carro zero quilômetro, comprado à vista com o dinheiro dos golpes, foi apreendido. O carro será agora utilizado pela 6ª DP para o trabalho de investigação, com autorização judicial.

Segundo o delegado Leandro Vieira Leite, que coordenou a investigação, as pessoas indiciadas formam apenas uma das células criminosas do bando, que é muito maior e atua em outros 17 estados da federação.

Segundo ele, para pegar a célula que agia no Amapá, a polícia reconstruiu os passos dos criminosos, desde a compra de dados de cartão de crédito clonado através de grupos que atuavam na DeepWeb, até a compra e retirada dos produtos na rede varejista amapaense.   

Seles Nafes
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