Detentos considerados líderes de organizações criminosas e apontados em investigações criminais como mandantes da onda de homicídios entre facções – que também tem resultado na morte de crianças e inocentes – foram extraídos de celas coletivas e isolados em recintos individuais no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), na manhã desta segunda-feira (11).
A medida visa impedir novas ordens de assassinatos e reduzir a matança entre os bandidos e mortes de inocentes.
No total 12 detentos foram transferidos. Eles ficarão, por tempo indeterminado em uma ala específica da penitenciária. Não está descartada a transferência deles presídios federais.
Além desses 12 condenados, ainda há outros chefes de facção identificados como mandantes de homicídios. Eles estão com mandado de prisão em aberto e na condição de foragidos.
A ação foi batizada de Operação Contra-Ataque, que foi planejada em conjunto entre o Governo e Ministério Público do Estado. A organização foi do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Inteligência do Ministério Público do Amapá (NIMP) e Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com apoio do Iapen.
Executaram a ação, o Grupo Tático Prisional do Iapen, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar e Grupo Tático Aéreo (GTA).
Para a coordenadora do GAECO e NIMP, promotora Andrea Guedes, muitos jovens têm aderido à ilusória ideia de integrar facções criminosas e são manipulados pelas lideranças a praticar esses crimes.
Ela lembrou que a guerra entre as facções resultou na perda da vida de inocentes, como as duas crianças, Ana Júlia e Yalisson Andrade, de 5 e 9 anos, em Santana e Macapá, respectivamente.