Urina preta: Amapá confirma 4 casos; orientação é não comer a espécie Pacu

Os 4 casos foram registrados no município de Santana, a 17 km de Macapá. há ainda mais 2 casos em investigação epidemiológica.
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Por RODRIGO ÍNDIO

O governo do estado confirmou, na manhã desta sexta-feira (8), os 4 primeiros casos no Amapá da Síndrome de Haff, doença conhecida popularmente como urina preta.

Os 4 casos foram registrados no município de Santana, no Hospital Estadual na cidade, e todos os pacientes apresentaram os mesmos sintomas após consumir peixe da espécie Pacu. Além desses, outros 2 estão sob investigação epidemiológica. Dos casos confirmados, 3 estão hospitalizados e 1 está em se recuperando em casa.

O pescado ingerido por eles é procedente da região de Santarém, no Pará, mas foi comprado, segundo relato dos próprios pacientes, no Igarapé da Fortaleza, a 16 km de Macapá.

Autoridades sanitárias, em entrevista coletiva à imprensa local, disseram que a orientação, a partir de agora, é suspender o consumo desse pescado. Uma nota técnica com esta recomendação foi publicada nesta manhã.

De acordo com o superintendente de vigilância em saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, o diagnóstico dos 4 casos confirmados foi fechado com investigação epidemiológica, avaliação clínica de infectologistas e exames laboratoriais – feitos no Lacen do Amapá – que detecta o quantitativo de toxinas no sangue.

Malafaia também tranquilizou a população quanto um possível surto ou transmissibilidade local – situação que é inexistente, segundo ele.

Dorinaldo Malafaia: “Quero avisar à população que não temos uma extensão da doença que impeça o consumo do pescado, neste momento temos apenas restrição ao consumo de Pacu”. Fotos: Rodrigo Índio/SN

“Esses são casos isolados, residuais, não são de extensão que podemos caracterizar como contagioso, que passa de pessoa para pessoa, não há nada disso. Já foi feitio o rastreio, foram identificadas e orientadas as famílias, os comerciantes do alimento, e as medidas do ponto de vista epidemiológico estão sendo tomadas. Quero avisar à população que não temos uma extensão da doença que impeça o consumo do pescado, neste momento temos apenas restrição ao consumo de Pacu, somente”, analisou o superintendente.

Os pacientes estão sendo monitorados e acompanhados. O estado afirmou ter aumentado o número de leitos e está em alerta para receber novos pacientes e fará o mapeamento impacto econômico e social no pequeno vendedor de peixe.

O estado também montou uma Sala de Situação, que agrega profissionais de órgãos de vigilância, saúde e fiscalização sanitária para monitorar os casos e preparar ações preventivas.

Seles Nafes
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