Por RODRIGO ÍNDIO
O governo do estado liberou, na manhã desta sexta-feira (29), o consumo de pescado após suspendê-lo no início de outubro devido ao registro dos primeiros casos no Amapá da Síndrome de Haff, doença conhecida popularmente como urina preta. De acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), a doença está controlada.
Segundo a diretora executiva de Vigilância em Saúde, Iracilda Costa, de 3 a 9 de outubro foram 8 casos compatíveis com a doença e acompanhados a partir de suspeitas no município de Santana. Desses, 7 pacientes receberam alta. Já um idoso de 95 anos continua internado, mas em decorrência de “doenças de base que ele já possuía”.
“A partir de 9 de outubro nós não tivemos mais nenhuma notificação dos casos, então pode se dizer que essa doença está controlada. Os peixes na época envolvidos eram o pacu, aracu e dourado. Seis desses casos foram descobertos no Hospital de Santana, um no Hospital de Emergência e outro através de nossa equipe clínica que estava monitorando os casos. Todos oriundos de Santana”, detalhou.
O superintendente da SVS, Dorinaldo Malafaia, garante que o monitoramento e alerta continuará. Ele avalia ser positivo o fim da crise pontual do pescado. O intuito também é retomar o processo de economia do setor no estado.
“Nós viramos uma página importante da preocupação dos comerciantes do pescado e consumidores. A sala de situação monitorou tanto os pacientes que estavam com casos notificados da doença de Haff e também da investigação in loco em casa e casa que foi feito em parceria com a prefeitura de Santana. Então, hoje, com tranquilidade, podemos afirmar à população que, de fato, a gente pode consumir integralmente o pescado de todas as espécies, inclusive o pacu”, orientou Malafaia.
O estado assegura que os profissionais de órgãos de vigilância, saúde e fiscalização sanitária seguem no monitoramento e ações preventivas de fiscalização nos locais de comercialização do pescado.
“O trabalho de rotina já vem sendo feito e intensificamos. Aumentamos efetivo durante essas três semanas. Não teve nenhuma irregularidade, conseguimos o perfeito controle através da Vigilância Sanitária e a gente faz a fiscalização de entrada e saída desse pescado. Continuaremos nos portos e locais de venda”, disse Álvaro Silva, diretor-presidente da Diagro.