Por OLHO DE BOTO
Uma mulher foi feita refém em via pública, sob a mira de um revólver calibre 38, após uma tentativa de roubo ocorrida na tarde deste domingo (28), na Rua Santos Dumont, no Bairro Buritizal, na zona sul de Macapá.
O assaltante teve a fuga impedida por uma equipe do 1º Batalhão da Polícia Militar, comandada pelo sargento Helton.
Em seguida, o local foi cercado por militares de outros batalhões, e os negociadores do Bope foram acionados.
O assaltante foi identificado como Daniel Pereira dos Santos, de 24 anos. Depois que libertou a refém, ele relatou à polícia que pretendia assaltar uma residência próxima, como teve o roubo frustrado, efetuou um disparo no meio da rua e correu.
O tiro chamou a atenção de dois militares que estavam de serviço na Escola Gonçalves Dias por conta da realização do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), foi quando o homem armado foi visualizado com o armamento em punho, e as equipes que patrulhavam a zona sul foram informadas.
Na sequência, o criminoso em fuga tentou roubar uma motocicleta de um casal, mas o proprietário reagiu, momento em que a polícia chegou e o bandido fez a mulher como escudo, com a arma apontada para a cabeça dela, na frente de um estabelecimento comercial que estava fechado.
Após mais de uma hora de negociação, na presença da imprensa, ele decidiu largar a arma, libertar a vítima e se entregar ao Bope.
O comandante do Batalhão de Operações Especiais, tenente-coronel Kléber Silva, falou da negociação.
“O perfil do causador do evento critico nos preocupou. Apesar que demonstrar certa calma, nós percebemos que ele não entendia o que nós falávamos. Ele respondia coisas desconexa. Isso dificultou traçar inicialmente o perfil do que ele queria. Ele não fazia muitas exigências, só a presença da imprensa. Com a chegada da imprensa, no momento adequado, nós apresentamos a imprensa a ele, ele liberou a senhora e se entregou. Agradecemos o apoio de todos os batalhões que isolaram o local, afastaram os curiosos, isso deu mais tranquilidade para que pudéssemos conduzir a negociação”, avaliou o comandante do Bope.
Em quatro dias, somente na capital amapaense, essa foi a terceira ocorrência envolvendo reféns. Dois ocorreram no Bairro Perpétuo Socorro.
“A gente percebe que esses criminosos têm tomado reféns por causa da ação rápida da polícia em frustrar os roubos, isso porque a polícia intensificou o patrulhamento, principalmente neste final de ano em que as movimentações financeiras são muito altas”, ponderou Kléber Silva.
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