Maionese de açaí e linguiça de peixe começam a ser produzidos por mulheres do Beira Amazonas

A cozinha coletiva é um projeto das mulheres de seis comunidades de áreas rurais de Macapá e Itaubal.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Você já comeu linguiça de peixe? E já ouviu falar em maionese de açaí? Esses e outros produtos, 100% artesanais e naturais, agora começarão a ser produzidos por 38 mulheres que acabam de conquistar uma cozinha comunitária às margens do grande rio, região que estão chamando de Beira Amazonas.

A cozinha coletiva foi inaugurada na tarde desta quinta-feira (11), e é um projeto das mulheres de seis comunidades de áreas rurais de Macapá e Itaubal: Ipixuna Miranda, Bacaba, São Tomé, Igarapé Amazonas, Croa do Pedreira e Foz do Rio Macacoari, onde a cozinha foi instalada, no espaço da Escola Família do Macacoari.

O projeto é uma parceria com o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), uma Organização Não Governamental do campo do socioambientalismo, que estimula práticas de preservação e apoia comunidades ribeirinhas, como as mulheres do Beira Amazonas.

A cozinha tem fornos, fogões industriais, freezers, despolpadeiras, liquidificadores semi industriais e batedeiras. O financiamento ficou por conta do IEB, que também realiza diversas oficinas.

Cozinha poderá lhes dar um outro patamar para comercializar seus produtos

A exótica maionese de açaí. Fotos: IEB

Elas fazem geleias de açaí..

… e de caju

“O objetivo dessa cozinha é agregar nossas mulheres. Vamos utilizar produtos da natureza, como açaí, cupuaçu, taperebá, peixes. Não utilizamos agrotóxicos e essa cozinha vai gerar muita renda pra gente. Maionese e bolo de açaí e na inauguração de hoje teve além disso, biscoito de açaí, linguiça de peixe e peixe defumado, então são várias iguarias”, declarou a agricultora e extrativista Deurizete Cardoso de Araújo, de 36 anos.

Rafaela Cunha, do IEB, explicou que essas mulheres produziam de forma separada e que a cozinha coletiva, junto com as assessorias, poderá lhes dar um outro patamar para comercializar seus produtos.

Deurizete Cardoso: “objetivo dessa cozinha é agregar nossas mulheres. Vamos utilizar produtos da natureza, como açaí, cupuaçu, taperebá, peixes”

Pão de tapioca

Iguaria de camarão

Empada com massa de pupunha

“A partir dessa inauguração elas vão seguir os passos para acessar políticas públicas para a distribuição de alimentos para escolas e também poderão realizar eventos. Não há ainda um local, um ponto na cidade em que as pessoas possam comprar uma unidade, por exemplo, mas isso está no radar das mulheres, elas estão no processo de conhecer como irão entrar nesse mercado, tanto institucional como no mercado aberto”, declarou Rafaela.

Para quem quiser entrar em contato com o grupo pode enviar email para [email protected] ou com Deurizete, uma das coordenadoras da cozinha: (96) 99168-1944.

Seles Nafes
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