Oiapoque na contramão da pandemia

Cidade não consegue se livrar da doença, enquanto situação é quase de normalidade no restante dos municípios
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Por SELES NAFES

Os moradores de Oiapoque, cidade a 590 km de Macapá, na fronteira com a Guiana Francesa, ainda não conseguiram respirar aliviados quando o assunto é covid-19. É o único município do Amapá na contramão da redução de casos.

O boletim epidemiológico do dia 2 de novembro, do governo do Amapá, demonstrou que em 24h foram registrados 28 novos casos de covid-19 em Oiapoque. Na capital, houve apenas seis casos. Em Santana, o segundo município mais populoso, foram meros três.

Na quarta (3), a capital registrou 6 novos pacientes contra 13 de Oiapoque. Para se ter uma ideia da disparidade, além de Oiapoque nenhum outro município do interior teve novos pacientes contaminados.

No último fim de semana, uma paciente idosa precisou ser transferida de avião com urgência de Oiapoque para o HU, que está em processo de transição para ser devolvido à gestão integral da Unifap após o arrefecimento da pandemia.

Oiapoque aparece em todos os boletins. Nos últimos seis dias, apenas no comparativo com a capital, a cidade na fronteira teve 92 casos de covid-19 contra 38 de Macapá. Ou seja, quase 3 vezes mais no mesmo período que a capital, que possui uma população 17 vezes maior.  

Agosto: Prefeito de Oiapoque, Breno do Posto, na festa em boate que terminou em caso de polícia na cidade de Oiapoque. Foto: Reprodução

Para o superintendente de Vigilância em Saúde, Dorinaldo Malafaia, existem três causas para a situação atípica em Oiapoque.

“Não adesão de medidas sanitárias pela prefeitura, baixa cobertura vacinal e influência da variante delta também da Guiana”, avaliou.

No restante dos municípios, a situação é quase de ‘normalidade’. Em todo o Estado, a taxa de ocupação de leitos por pacientes de covid-19 é de 11,50%.

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