Chef amapaense vence prêmio de culinária com releitura de “bolinho capitão”

Com a mãe, ela comanda um restaurante no segundo piso do Mercado Central de Macapá, o Essência do Norte, e cozinha de tudo: peixes, frutos do mar, carnes e frango
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Com muito trabalho construído a várias mãos, o Amapá vai se firmando no cenário nacional da gastronomia.

A arte de cozinhar com amor, elegância, beleza e muito sabor, atrai cada vez mais chefs que experimentam novas receitas e, utilizando o tradicionalismo dos nossos pratos regionais, têm conquistado os mais requintados gostos gastronômicos do país.

Foi o que ocorreu com a chef Thais Oliveira, de 25 anos, que acaba de ganhar o prêmio Dólmã, uma espécie de óscar brasileiro de gastronomia. Ela contou com a ajuda da mãe para vencer, pelo Amapá, o evento realizado em Belém (PA), na última semana. Foi o primeiro lugar com uma releitura do bolinho capitão.

“Antigamente, minha avó fazia pra mim e pros meus primos, o feijão cozido com água, sal e farinha, que virava um bolinho na mão. Só que como não era muito bonito visualmente, eu deixei os feijões íntegros, usei farofa, carne seca desfiada, queijo coalho, fiz um pesto de coentro com castanha de caju e fiz um creme de queijos e, modéstia à parte, ficou muito, muito bom”, orgulha-se Thais.

Do Mercado Central, Thais venceu prêmio fora do Estado com uma nova versão do …

… bolinho capitão. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

A jovem chef cozinha desde sempre. Chegou a fazer faculdade de fisioterapia, mas a paixão pela culinária falou mais alto.

Com a mãe, ela comanda um restaurante no segundo piso do Mercado Central, o Essência do Norte, e cozinha de tudo: peixes, frutos do mar, carnes e frango. As duas preparam pratos, por exemplo, como o Filhote recheado com caranguejo e outros, dos mais comuns aos mais inventivos e criativos.

Dólmã em Macapá

No mesmo dia em que Thais foi agraciada com a premiação, a organização do prêmio anunciou que Macapá sediará a próxima edição do concurso.

Com isso, o setor do turismo, as entidades que também envolve o ramo o hoteleiro do Amapá, terão um calendário de atividades que, em uma semana, podem trazer até 800 pessoas para o Estado, ajudando na divulgação da nossa culinária e nas nossas atrações mais peculiares e interessantes.

Benício Pontes com a chef amapaense

“Vão ser três eventos de gastronomia nacionais: o Dólmã, o óscar da gastronomia, o Fórum Nacional de Gastronomia e o Encontro Enchefs Nacional, que é o encontro dos chefs de todo o país. A ideia é fazer os três no mesmo período para que a gente tenha uma agenda e em uma semana a gente tenha Macapá no mapa da gastronomia nacional”, declarou Benício Pontes, diretor-presidente da Macapatur.

Os eventos ainda não têm data, especialmente neste momento de preocupações com a variante Ômicron da covid-19. No entanto, o gestor afirmou que a ideia é fazer ainda no primeiro semestre e continuar no processo de descoberta nacional da culinária genuinamente amapaense.

Seles Nafes
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