Pastor é condenado à prisão duas vezes no mesmo dia

Somadas, as penas de Jeremias Barroso chegam a quase 7 anos de prisão. Ele continuará preso
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Por SELES NAFES

O pastor Jeremias Magno Barroso, fundador da Igreja Evangélica Getsemani, foi condenado no mesmo dia (30 de novembro) em duas ações penais na 1 Vara Criminal de Macapá por crimes sexuais cometidos contra jovens de sua congregação. Num dos processos ele foi condenado a 4 anos, e no outro a 2 anos e 8 meses, ambos em regime fechado.

O juiz Diego Moura também decidiu que o pastor não poderá recorrer em liberdade sob risco de voltar a cometer os crimes.
Os dois processos julgados são semelhantes, mas os crimes um pouco diferentes. Num deles, o magistrado considerou que houve a violação sexual. Foi num caso em que o pastor chegou a tocar a vagina e os seios da jovem dentro do carro dele, afirmando que precisava orar por ela.

De acordo com os autos do processo, o crime iniciou ainda no gabinete dele dentro da igreja, antes do culto, e continuou depois que a jovem aceitou carona dele junto com outros fiéis, acreditando que ela seria a primeira a ser deixada em casa. Segundo depoimento da vítima, uma vez sozinhos dentro do veículo, ele teria convencido a jovem a tirar a calcinha e entregar a ele. Para isso, ela precisou retirar a calça comprida dentro do carro, momento em que foi tocada pelo pastor. Nesse caso, a condenação foi de 4 anos de prisão.

No outro processo, a vítima disse que foi chamada no gabinete pelo pastor. Jeremias pediu que ela abrisse o zíper dele e conduzisse  suas mãos pelas partes íntimas onde o namorado dela tinha tocado. A vítima se recusou a obedecer e disse ter sentado numa cadeira em choque pela atitude do sacerdote.
Em ambos os processos, a defesa do pastor negou todas as acusações, e atribuiu as denúncias à uma suposta conspiração pela liderança na igreja.

Juiz lembrou de vídeo onde pastor se masturba para fiel

Um dos crimes teria ocorrido antes do culto

Ao analisar todos os depoimentos e provas apresentadas, o juiz Diego Moura concluiu que o pastor se utiliza de sua posição “para cometer reiteradas condutas libidinosas com jovens fiéis que frequentavam a igreja evangélica (…) que só se tornaram públicos após surgir uma gravação de videochamada”, disse o magistrado.

No vídeo citado por ele, o pastor se masturba para uma jovem que estava recebendo aconselhamentos espirituais.
Jeremias Barroso está preso preventivamente desde fevereiro deste ano. Ele ainda responde a um terceiro processo pelo mesmo motivo.

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