Por LEONARDO MELO
Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) mantiveram, por unanimidade, a prisão preventiva do policial penal Anderson Luiz da Silva, acusado de atuar para uma facção criminosa dentro do Iapen.
O relator do habeas corpus ajuizado contra decisão da 1ª Vara Criminal de Macapá, o desembargador Adão Carvalho, disse que há indícios de ameaças a uma testemunha, um detento do Iapen que cumpre pena por homicídio.
A defesa alega constrangimento ilegal, profissão e residência fixas, além de existirem medidas cautelares que podem garantir a segurança do processo como a prisão domiciliar e o uso de tornozeleira eletrônica.
No entanto, ao analisar o pedido, Adão Carvalho disse que “somos sabedores que não basta alegar o constrangimento ilegal em sede de habeas corpus, deve o impetrante trazer a prova contundente a corroborar suas alegações”.
O policial, conhecido pelos colegas e detentos como ‘Olho de Águia’, foi preso dentro da central de monitoramento do Iapen no dia 3 de agosto deste ano.
A polícia afirma que Anderson recebia até R$ 15 mil para colocar drogas dentro do Iapen. O vídeo dele entrando com um pacote no banheiro dos detentos e saindo sem nada nas mãos é mencionado no processo várias vezes. No mesmo dia do vídeo, policiais penais apreenderam drogas no local.