Secretário de saúde de Serra do Navio é alvo de operação da PF

Fraude em licitação e peculato em obra que serviria de base para enfrentamento da covid-19 no interior do Amapá.
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Agentes federais cumpriram três mandados de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (7), numa investigação de fraude em licitação envolvendo recursos destinados ao enfrentamento da covid-19 no município de Serra do Navio, no oeste do Amapá.

Um dos mandados foi cumprido na casa do secretário municipal de saúde, Tarlysson Golçalves Soares, que reside em Pedra Branca do Amapari, município vizinho. Os outros dois foram na residência do responsável por executar a obra e na sede de uma empresa em Vitória do Jari, ambos endereços em Vitória do Jari, cidade ao sul do Estado.

A ação policial foi batizada de Operação Matizar – referência à maneira combinada como teria sido conduzida a licitação suspeita, segundo a PF.

De acordo com a polícia, a licitação investigada é uma obra que serviria de base para enfrentamento da covid-19 em Serra do Navio. O certame previa reforma e adequação de um prédio para que ele fosse centro de referência no enfrentamento à pandemia.

O valor era de pouco mais de R$ 100 mil. Mas, a PF afirmou que foi realizada apenas uma pintura no referido prédio, não justificando o elevado valor.

Um dos mandados foi cumprido na casa do… (Foto: Ascom/PF)

… secretário municipal de saúde, Tarlysson Golçalves Soares. Foto: Divulgação/Redes Sociais

As investigações tiveram início após denúncia que apresentou fortes indícios de direcionamento para a empresa que venceria a disputa. A modalidade de licitação escolhida foi o Convite, na qual o poder público busca empresas para realizar alguma obra ou serviço.

Mas, segundo a PF, foram enviados apenas três convites, levantando suspeita sobre uma possível delimitação dos participantes. A PF verificou, também, que duas das três propostas apresentadas eram idênticas, “num claro movimento para que uma terceira empresa saísse vencedora na disputa” – informou a polícia em nota.

Houve ainda constatação de que duas das três empresas têm entre seus responsáveis uma mesma pessoa, prejudicando o caráter competitivo da licitação.

Foto de capa: Ascom/PF

Seles Nafes
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