Gripe: Macapá registrou 14 mil casos em 2 meses

Mapa epidemiológico aponta que aumento corresponde a quase 600% nos meses de novembro e dezembro na capital do Amapá.
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Relatório epidemiológico do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coesp) – dispositivo do Governo do Estado – apresentado nesta primeira semana de 2022, apontou um aumento assustador de casos de síndromes gripais na capital do Amapá.

O que já era perceptível nas Unidades Básicas de Saúde de Macapá, que estão praticamente todas lotadas desde o fim de 2021, se confirmou em números.

O relatório do Coesp apontou que nos meses de novembro e dezembro, Macapá registrou pouco mais de 14 mil casos, o que corresponde a aumento de 598% em relação ao bimestre anterior.

O mapa epidemiológico também destacou situação crítica no interior do estado, sobretudo no município de Calçoene, que possui o maior índice de notificações, com 1.862 registros no bimestre de fim de ano.

O relatório também observa o aumento de casos de síndrome gripal no Pronto Atendimento Infantil (PAI), onde o atendimento foi reforçado com escala extra para pneumologista, enfermeiros e técnicos.

O documento ressalta, ainda, que os casos de síndromes gripais têm se agravado em pessoas de grupos de maior vulnerabilidade, como idosos, imunossuprimidos e pessoas com doenças respiratórias crônicas.

Covid-19

O relatório registrou aumento de 123,8% de novos casos de covid-19 e salto 218% no número de internações, no comparativo entre os meses de novembro e dezembro de 2021.

Foram 2.287 casos registrados só no mês de dezembro. O relatório aponta que, dos pacientes internados neste período, 80% não foram vacinados. Das pessoas que já foram vacinadas, 64% tomaram a segunda dose da vacina contra covid há mais de quatro meses e ainda não receberam a dose de reforço.

Quanto aos registros de óbitos pela covid em dezembro, 56% são da população não vacinada, a maioria acima de 60 anos.

O relatório mostra dados da Secretaria Municipal de Saúde de Macapá, que apontam um aumento na média de atendimento em mais 300%, entre os dois últimos meses, nas unidades básicas dedicadas ao tratamento da doença.

Seles Nafes
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