No Amapá, produtos da cesta básica tiveram aumento de até 72% em 2021, aponta IPC

Índice de Preços ao Consumidor mede os custos da cesta básica do amapaense.
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Por ANDRÉ SILVA

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), principal indicador da inflação no custo da cesta básica, apresentou alta entre 2020 e 2021. De acordo com a Secretaria de Planejamento do Amapá (Seplan), a elevação do índice em 2021 foi de 13% em comparação a dezembro de 2020.

A Seplan preparou uma Síntese do Índice de Preços da Cesta Básica que será publicada dentro de poucos dias. O estudo mostra uma variação bastante relevante nos preços dos alimentos em 2021.

Entraram no cálculo 38 itens da cesta básica do amapaense. Entre os produtos que apresentaram alta de preço em comparação a 2020 está a macaxeira em primeiro lugar, com variação de 72%, seguido pelo alho (59%), o peixe dourada (45%), a farinha de trigo e o açúcar (com 41% e 33%, respectivamente).

O secretário de Planejamento, o economista Eduardo Tavares, explicou que o fator principal para essa inflação nos preços, está atribuído à pandemia de covid 19.

“A síntese confirma uma inflação relevante, demostrando os efeitos negativos socioeconômicos da pandemia, principalmente para a população mais vulnerável”, explicou o secretário.

Açúcar está entre os principais vilões: 41% de aumento. Fotos: André Silva/SN

O professor Jocildo Carvalho, de 47 anos, disse que a impressão que se tem no geral é que alguns produtos dobraram de preço dentro de um ano.

“De 2020 pra cá, a gente sofreu um surto no preço dos alimentos. Subiu assim: drasticamente! Sofre a população com um preço exorbitante. Uma cesta básica que antes era R$ 150,00 agora custa R$ 300,00. Para uma família com pai, esposa e filhos não dá o mês todo. Mesmo que suba o salário, mas ainda assim o valor é incompatível com o preço das coisas”, protestou o professor.

Professor Jocildo Carvalho: “Sofre a população com um preço exorbitante”

O secretário Tavares explicou que, por conta de alguns produtos terem apresentado variações tão relevantes, a impressão que dá é essa mesmo.

Sobre a possiblidade dos preços voltarem ao que eram em 2020 ou 2019, o secretário é enfático: sem chance.

Estudo mostra a elevação de alguns itens

“Não, infelizmente. Penso que essa deterioração do poder de compra só será melhorada quando retomarmos o crescimento com geração de emprego e renda, e subsequente recompensação das remunerações. O poder de compra está sendo corroído pela inflação e quanto menor a renda maior o impacto negativo”, explicou.

Seles Nafes
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