Por RODRIGO ÍNDIO
A dor da perda de um guerreiro que “COMBATEU O BOM COMBATE” e morreu honrando sua missão de defender o cidadão em qualquer circunstância, sensibilizou a sociedade amapaense. Esse reconhecimento pôde ser sentido no velório do soldado da Polícia Militar Ranolfo da Silva Alcântara, de 30 anos.
Ele foi morto com um tiro no peito ao tentar evitar um assalto em um laboratório de análises clínicas, na tarde de ontem (5). O corpo do policial está sendo velado no Comando Geral da PM, nesta quinta-feira (6).
O ataque ao PM ocorrido ontem foi flagrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento. Os suspeitos foram capturados hoje pela Polícia Civil.
O velório está sendo marcado pela comoção, revolta e lembrança honrosas do militar que era lotado no 12° BPM.
O policial Alessandro Coutinho, conheceu Ranolfo no curso de formação de soldados em 2018 após um convivência incessante. Ali surgiu uma parceria para a vida. O militar lembra que o amigo sempre foi dedicado a vencer na vida.
“Foi uma pessoa que se destacou muito no nosso pelotão por sua fibra, garra e humildade. Mesmo com a dificuldade mostrava bastante força. Era o esteio, espelho e orgulho da família”, conta.
O amigo lembra ainda que Ranolfo era um dos poucos que ia e voltava de bicicleta para o curso de soldado. Recentemente ele fez curso de policiamento em fronteira. Ficou conhecido por ser operacional no combate aos muitos crimes em Oiapoque.
Agora ingressaria no curso operacional do Choque, Companhia do Bope.
“Deus o chamou. A gente não tenta procurar respostas. Creio que cumpriu a missão dele da melhor forma aqui na terra. Salvou muitas vidas aqui no estado deixado seu legado. Nos militares levaremos ele no coração”, acrescentou Coutinho.
Ranolfo deixa filho e esposa. O militar foi velado até às 15h, quando ocorreram homenagens e missa de corpo presente. O sepultamento foi às 16h no cemitério São José, no Bairro Santa Rita, com honras militares.