Omicron pode estar ocasionando alta nos casos de Covid no Amapá, diz secretária

Amostras de vírus foram enviadas ao instituto Evandro Chagas para sequenciamento genético.
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Por ANDRÉ SILVA

A variante Omicron pode estar por trás do aumento vertiginoso de casos de covid-19 no Amapá. A informação ainda não foi confirmada, mas segundo a secretária adjunta do comitê de enfrentamento da doença no estado, a médica Maracy Andrade, os sintomas são muito parecidos com os da nova cepa.

Amostras foram enviadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, que irá fazer o sequenciamento genético do vírus.

De acordo com Maracy, desde dezembro a curva de casos positivos vem se comportado de forma ascendente a cada semana, o que demonstra crescimento do número de pessoas infectadas. Desde o último final de semana já somam mais de 2 mil casos positivos para a doença.

A secretária, que é médica pneumologista, explica que até o momento o que se tem de concreto é que a variante que tem contaminado os amapaenses ainda seria a Delta, que teve o sequenciamento genético confirmado pelo IEC ano passado. No entanto, os sintomas apresentados são característicos ao da Omicron.

Secretária adjunta de enfrentamento a covid-19 no Amapá, Maracy Andrade. Fotos: Ascom/GEA

“Há uma possibilidade alta de ser a circulação da Ômicron pelas características que estão sendo vivenciadas hoje: um quadro mais brando, uma alta transmissibilidade – muitas pessoas estão se contaminando – e muitas reinfecções também. Elas têm caraterísticas típicas onde se predominam a dor de garanta, coriza e nem tanto a perda de paladar e olfato, mas a gente só tem realmente um diagnóstico firmando quando há uma procura do paciente a exames nas unidades básicas de saúde que são referência no estado”, explicou a médica.

Ela disse que as pessoas precisam continuar mantendo o comportamento seguro como: uso de máscara e distanciamento social. A pneumologista afirma que muitos estão relaxando na proteção e isso tem ocasionado o aumento de contaminação no estado. Além disso, reforça a necessidade da vacinação.

“As pessoas estão deixando de fazer o comportamento seguro e isso é um fator agravante para adoecimento e o agravamento que gera tantas internações óbitos. Como gestor, a gente está sempre lembrando que há uma necessidade de falar do uso de máscara, higienização, evitar aglomeração e o distanciamento social. Agora temos a vacina e as pessoas precisam manter o esquema vacinal completo. A pandemia não acabou e as pessoas precisam manter esse comportamento seguro”, orientou Maracy.

80% das pessoas internadas não tinham tomado nenhuma dose da vacina

Os dados do Centro de informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVES), ligado a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), apontaram que em dezembro de 2021, 80% das pessoas internadas não tinham tomado nenhuma dose da vacina, 1% tinham a primeira dose e 19% tinham as duas doses.

De acordo com o boletim epidemiológico desta quarta-feira (19) divulgado pelo Governo do Estado, o Amapá registrou nas ultimas 24h, 708 novos casos confirmados, sendo 425 em Macapá. O boletim informa também que houve 1 óbito que teria ocorrido no município de Tartarugalzinho.

Seles Nafes
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