Por RODRIGO ÍNDIO
O delegado Luiz Carlos Gomes Júnior, da Delegacia de Homicídios de Macapá (Decipe), revelou que a polícia já tem imagens de câmeras de segurança do local onde ocorreu o homicídio do tenente Kleber Santos, morto com um tiro na cabeça após uma suposta discussão de trânsito.
O crime ocorreu quando o tenente levava o filho para a escola, no cruzamento da Avenida Cora de Carvalho com a Rua Odilardo Silva, no Bairro Central. O capitão da reserva (e não major) Joaquim Pereira da Silva, de 61 anos, autor dos disparos, negou em depoimento que tenha ocorrido algum desentendimento entre ele e a vítima no trânsito, e que não sabia que havia uma criança no carro.
“Ele nega que teriam discutido ou ocorrido algum desentendimento antes da ameaça e disparo, que não sabe o motivo porque a vítima teria agido assim contra ele. Temos imagens de câmeras do local, vamos ouvir testemunhas e confrontar com a versão do acusado e outras informações”, explicou o delegado.
“Ele (o capitão) disse que todos os fatos aconteceram na Rua Odilardo Silva, e que se deparou com o tenente apontando a arma para ele”, acrescentou.
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Momento em que o capitão chega ao Ciosp para se apresentar na Delegacia de Homicídios. Fotos: Rodrigo Índio/SN
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“Todos os tatos ocorreram na Odilardo Silva”, disse o delegado
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Picape foi abandonada próximo da casa de parentes
O capitão se apresentou no fim da manhã desta sexta-feira (25) no Ciosp do Macapaba, onde funciona a Delegacia de Homicídios. Ele entregou a pistola .40 usada no crime (foto em destaque) e alegou legítima defesa.
O carro dele, uma picape Ranger, tinha sido abandonada por ele na Avenida Presidente Vargas logo após o crime, perto da casa de parentes. O veículo foi apreendido para perícia.
A pistola está legalizada e registrada no nome do capital. Como estava fora do flagrante e se apresentou espontaneamente, ele aguardará em liberdade, pelo menos por enquanto.
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Delegado Luiz Carlos: possibilidade de oficial responde preso
“Agora toda possibilidade de prisão tem que vir através de uma ordem judicial. Vamos reunir esse conjunto de informações para que o caso seja analisado pelo Judiciário com a possibilidade dele responder preso”, concluiu.