Família de policial morto pela esposa pede que ela volte à cadeia: ‘vive normalmente’

Parentes fizeram um protesto nesta quarta-feira (10)
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Por RODRIGO ÍNDIO

Próximo de completar 3 meses da morte do policial penal José Elder Ferreira Gonçalves, assassinado no dia 12 de novembro de 2021 ao receber um golpe de faca, a esposa e única acusada continua cumprindo prisão preventiva domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Indignada, a família da vítima fez um protesto nesta quarta-feira (10) para que ela volte para a cadeia.

A manifestação foi realizada na Praça da Bandeira. Com carro de som e blusas estampadas com a foto da vítima, os participantes estenderam faixas e fizeram gritos de ordem pedindo por justiça.

Ederson Gonçalves, irmão da vítima, diz que o objetivo do ato é cobrar a prisão fechada de Maria Darci Farias, de 42 anos, por ela desferir, na frente do filho de 14 anos do casal, o golpe sem chance de defesa em José Eder e não deixar ninguém socorrê-lo. O crime ocorreu no apartamento do casal, no residencial Vitória Régia, na zona norte de Macapá.

Ainda em novembro, o juiz Marconi Pimenta converteu a prisão em domiciliar. Ele aceitou a alegação da defesa de que a vítima era esposa de um policial penal, e que corria risco se ficasse custodiada dentro do presídio. 

“Ela não tem restrição de receber visitas de parentes e amigos. Celular diariamente ela tem acesso, soubemos que ela faz ligações para próximos e testemunhas de acusação. Dessa forma a gente cobra o recolhimento dela para a penitenciária para não atrapalhar e pagar pelo o que fez. Ela tá vivendo a vida normalmente, quem tá preso mesmo é meu irmão que nunca mais vai estar presente em nossas vidas”, disse Ederson.

Irmão da vítima diz que acusada não tem restrições

Homicídio ocorreu no apartamento do casal. Foto: Olho de Boto/SN

Ameaças

Josileide Santos, tia de José Eder, tinha ele como filho. A idosa recorda que o policial era um homem alegre, apaixonado pelos filhos e tentava a separação havia três meses, mas a assassina tinha ciúmes até da própria família.

“Ela ameaçava ele, e ele pedia conselho pra mim. Eu dizia: meu filho, não dá certo, separa. Ela tinha ciúmes dele comigo, com todos também. Era doentio. Me dói muito. E hoje peço justiça, pois assim como tem justiça para homens que matam as mulheres, quero que tenha justiça para ela também porque ele também era ser humano”, desabafou.

A tia dava conselhos: meu filho, não dá certo, separa

A família está desestruturada. A mãe da vítima chora todo dia. Dos 4 filhos do casal, os dois menores foram morar fora do Amapá, uma estuda fora do Brasil e outra é independente.

Os manifestantes prometem mais atos até que a Maria Darci pague pelo o que fez.

Seles Nafes
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