Vizinhos de casa de show denunciam som alto e bagunça no fim de festas

Além disso, eles denunciam que as festas neste local só terminam depois das 5h, Casa de shows fica na orla de Macapá.
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Por ANDRÉ SILVA

Moradores do entorno de uma casa de show localizada na Avenida Beira Rio, no Centro de Macapá, dizem que não conseguem dormir por causa do som alto. Os que mais sofrem são crianças, uma inclusive tem problemas psicológicos.

Entre as famílias que sofrem com o barulho está a do empresário Lenini Cavalcante, de 31 anos. A casa dele fica a poucos metros do estabelecimento, que antes era conhecido como Casarão da Beira Rio – e agora atende pelo nome fantasia de Casa Fortal.

O empresário tem três filhos. Uma menina de 1 ano e um menino de cinco anos são os que mais padecem. O garoto tem suspeita de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

“O mais velho não é tão afetado, porém o do meio, de cinco anos, não suporta o barulho. O quarto deles tem um bom isolamento acústico, mas quando estão na sala ou na cozinha, e que tem os fogos [de artifício], o de cinco anos põem a mão nos ouvidos, tapando, com medo”, relatou Lenini.

Filhos de Lenini sofrem com o barulho

Ele diz que todos os dias de festa liga para o 190, mas não tem adiantado muito.

“Eles só vieram uma vez”, completou.

Ele fez um vídeo que dá ideia do volume do som. Assista.

O vizinho do empresário, Rafael Nogueira, reforçou a denúncia. A casa dele fica a trezentos metros do local. Além da barulheira, relata que alguns frequentadores do local fazem muita bagunça na saída da festa. Também reclama do desrespeito no cumprimento do horário de fim das festas.

“Esses jovens que saem da festa fazem muita baderna e isso acaba gerando um transtorno para nós moradores, além do som alto. O som é intenso aqui pra nós. Nos sábados e domingo eles ficam até umas 5h”, protestou.

A reportagem do Portal SelesNafes.com esteve no local, mas não encontrou nenhum organizador dos eventos para quem está alugado o local. No entanto, o proprietário foi localizado.

Local fica na orla de Macapá

José Leite, falou por telefone. Disse que nunca recebeu nenhuma reclamação de vizinhos e que, diferente do que relatam os moradores, seu inquilino tem respeitado o volume máximo permitido por lei.

“Eu acho que estão trabalhando no padrão. Tem fiscalização. Foi colocado proteção acústica. Eu pelo menos nunca recebi nenhuma notificação de vizinhos. Foi feito uma séria de melhorias para que isso não acontecesse. É condicionante a quem aluga o local manter essa questão de som dentro do padrão permitido. Está no contrato. As festas começam cedo e terminam cedo, de acordo com o decreto sanitário ‘do’ covid”, defendeu.

É neste ambiente que acontecem as festas

Leite alegou, ainda, que sempre vai ao local para verificar se está havendo algum abuso em relação ao volume do som, mas nunca constatou nada de anormal. Disse, também, que mantém um contato constante com vizinhos ao lugar e que nenhum relatou o que disse os dois denunciantes entrevistados.

“A gente tem conversado com vizinhos e não temos tido nenhum problema. De vez em quando, vou por lá e não vejo nada fora do normal”, concluiu.

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