Com a prisão preventiva anunciada pela Justiça do Amapá há dois dias, o capitão da reserva da PM Joaquim Pereira da Silva, de 59 anos, que matou o colega de farda da ativa, tenente Kléber Santana, após uma briga de trânsito, acaba de se entregar à Polícia Civil.
Acompanhado de seu advogado, Charles Bordalo, ele se apresentou no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Conjunto Macapaba, na zona norte da capital, onde fica sediada a Delegacia de Homicídios, responsável pela apuração do caso.
Pereira da Silva chegou por volta de 16h10 desta quarta-feira (23), usando máscara de proteção facial e o costumeiro boné. Cercado pela imprensa, ele preferiu permanecer em silêncio e não respondeu a nenhuma das várias perguntas de jornalistas.
“É a segunda vez que o meu constituinte se apresenta. Não há a necessidade desta prisão, ela é totalmente desfundamentada. Os promotores entenderam que ele devia ficar preso por causa do clamor popular, mas isso não é motivo suficiente pra se prender alguém. Ele tem residência fixa, é aposentado, estava em casa, não estava andando por aí, entregou a sua arma. Portanto, que perigo ele poderia oferecer? Nem estava armado”, protestou Bordalo.
Segundo o advogado, Pereira da Silva fará um exame de corpo de delito antes de ser encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), mas apenas para dar entrada no sistema carcerário amapaense, pois, como ele é policial da reserva, ficará preso num dos Centros de Custódia em Macapá.
Acompanhado de sua defesa…
… o capitão Joaquim Pereira da Silva ficou em silêncio. Fotos e Vídeo: André Silva/SN
Bordalo também afirmou que foi apenas na data de hoje, 23 de março, que o mandado de prisão preventiva foi expedido, e, por esta razão, o capitão não se apresentou anteriormente.
Joaquim Pereira da Silva matou o tenente Kléber Santana a tiros no dia 24 de fevereiro, após um desentendimento por causa de manobras de trânsito entre os dois.
O crime ocorreu no cruzamento da Rua Odilardo Silva com a Avenida Cora de Carvalho, no Centro de Macapá. O filho do tenente, de 4 anos de idade, estava dentro do carro e viu o pai ser morto.
