Empresa do Amapá inova com gestão online de documentos e ganha influência em mercado

Startup do Amapá Assinadoc agora passa a integrar maior rede de inovação da América Latina, a Cubo Itaú
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O que seria solução para a burocracia encontrada por uma empresa de software amapaense na emissão de documentos, acabou se tornando oportunidade de um novo empreendimento, inovação no mercado e agora até reconhecimento intercontinental.

A startup amapaense Assinadoc passou, oficialmente, a integrar a maior rede de inovação da América Latina, a rede Cubo Itaú. O Assinadoc é uma plataforma digital feita para pequenas e médias empresas, que oferece gestão de documentos online, automação de processos burocráticos como assinatura de documentos, coleta de dados, monitoramento de vencimento de documentos em tempo real, entre outros serviços do tipo.

Segundo o CEO da empresa, Felipe Ladislau, de 31 anos, trata-se de um sistema prático, intuitivo e acessível, que oferece tecnologia de ponta de forma acessível para empreendedores individuais e pequenos negócios.

No fim do ano passado, a a empresa participou do “Aceleração Bid ao Cubo”, programa realizado pelo Laboratório de Inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID LAB), Cubo Itaú e a aceleradora Darwin.

Felipe Ladislau, CEO da Assinadoc: plataforma digital criada para microempreendedores. Fotos: divulgação

Ideia que surgiu a partir de um vazio no mercado
Felipe conta que a ideia para o Assinadoc surgiu quando ele tinha uma agência de desenvolvimento de software e tinha um problema recorrente: a dificuldade em mandar contrato para os clientes.

“Tinha que mandar por e-mail, por PDF, tinha que imprimir, assinar, escanear, mandar de volta. Isso gerava muita dor de cabeça e perdia muito tempo com isso. Algumas vezes chegava ao ponto do projeto ser concluído e o contrato não tinha sido assinado”, recordou o CEO.

Foi então que o jovem empreendedor e sua equipe decidiram buscar uma solução. Ao procurar pelo serviço digital de registro de contratos e documentos, uma nova dificuldade. As ferramentas eram todas em inglês e os preços elevados demais para microempresas.

“Alguns (serviços) até em dólares, o que inviabilizou para a gente. Inclusive com alguns clientes não sabendo usar as plataformas em inglês”, lembrou.

Felipe Ladislau: representando o Amapá em eventos de startups

Foi quando, em 2019, o grupo decidiu criar a própria solução para assinar contratos com a clientela e começou o desenvolvimento do que viria a ser o Assinadoc. Felipe Ladislau relata que no mesmo ano algumas agências de publicidade e de marketing parceiras começaram a achar interessante a ideia e pediram para usar o serviço. Ele então resolveu fornecer de forma experimental o serviço.

“Logo que começamos a utilizar, em fevereiro de 2020, em março teve o lockdown e aí de cara fechamos uma parceria com uma grande empresa, com mais de 50 escolas no Brasil inteiro que começaram a usar o Assinadoc”, contou satisfeito com o resultado.

Programa Bid Ao Cubo – Norte e Nordeste – realizado de forma online

Qualificação do negócio
No mesmo ano de fundação, os sócios da Assinadoc buscaram inserir a startup em projetos de qualificação, como o apoio recebido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“Participamos do Acelera Startup e isso nos deu bastante estrutura e a gente conseguiu participar do Inova Ativa, maior programa de aceleração da América Latina. Fomos nos desenvolvendo, crescendo, participamos de várias acelerações ao longo de 2020 e 2021”, contou Felipe.

CEO da Assinadoc ministrando qualificação de startups

Em 2021, houve a seleção para entrar na Rede Cubo Itaú. No programa Bid Ao Cubo – Norte e Nordeste – algumas startups destas regiões foram selecionadas para um grande programa de 6 meses, com capacitações e treinamentos.

Ao final do programa, o Assinadoc foi apresentado para alguns dos maiores investidores do Brasil, como a Red Point Ventures.

Felipe finalizou avaliando que o ingresso na rede trará mais visibilidade para o cenário de inovação e startups no norte e no Amapá, mostrando que o estado tem grande potencial para inovação e tecnologia.

“Em janeiro de 2022, conseguimos fazer nossa primeira rodada de investimentos”, disse o CEO.

Seles Nafes
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