Por SELES NAFES
A justiça mandou soltar o dono da empresa contratada para fornecer alimentos para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). O empresário, policiais penais e dois nutricionistas são investigados pela Polícia Federal e Ministério Público do Estado suspeitos de participação no esquema de entrada de drogas, armas e celulares no presídio usando a estrutura da firma.
Ele foi preso no âmbito na Operação Blindness, no último dia 10 de março. Mandados de prisão também foram cumpridos contra dois policiais e mais um nutricionista da empresa.
A PF diz ter encontrado planilhas da empresa que revelam pagamentos mensais a internos, parentes e até fornecimento de refeições diferenciadas para alguns detentos.
No dia 4 de fevereiro, a nutricionista Kenya Kemmer foi presa acusada de deixar na cozinha da penitenciária uma caixa contendo 11 quilos de drogas, uma arma de fogo, munição e mais de 50 celulares.
No caso do empresário, o desembargador Mário Mazureck, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), acatou a tese da defesa, conduzida pela advogada Marcilene Rocha. O pedido de liminar diz que, apesar dos indícios apontados pela polícia, a acusação contra ele foi genérica e não há provas da participação no esquema. O empresário é réu primário, e também estaria sendo ameaçado de morte dentro do Iapen.
O empresário responderá ao processo cumprindo medidas cautelares, como a apresentação mensal em juízo, proibição de frequentar bares e boates, recolhimento domiciliar noturno e manter a distância dos demais investigados.