Na zona norte, mulheres usam campo de futebol como brechó: “cabem mais”

O projeto é embrionário, mas tem potencial para crescer e ajudar muitas famílias
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Por ANDRÉ SILVA

Empreendedoras da zona norte de Macapá decidiram unir forças e criar uma feira de roupas usadas em um campo de futebol no bairro onde moram. A inciativa surgiu a partir da necessidade de aumentar as vendas e buscar novos clientes.

A feira de brechó fica no campo de futebol do bairro Parque dos Buritis, próximo a uma escola de ensino médio. O lugar foi escolhido por todas as componentes do grupo e tem um objetivo estratégico: o fluxo de pessoas é muito grande no local, principalmente aos fins de semana. 

Elas já trabalham com vendas de roupas usadas em suas respectivas residências e pelas redes sociais. Foi num grupo no WhatsApp que surgiu a ideia.

Eunice de Matos Figueira, de 43 anos, é uma delas. Ela vende roupas usadas há seis ano. A vendedora disse que entrou no ramo para ajudar nas despesas de casa e que conheceu as outras empreendedoras por meio da atividade trocando, comprando e vendendo umas das outras.

“Aí nós reunimos – todas de bazar – para trabalharmos todas juntas em um lugar aberto pra chamar mais atenção do povo e vender a mercadoria. A gente quer dar continuidade a esse projeto e convidar mais mulheres para virem para cá vender artesanato, colocar comida e gerar mais renda pra gente. Ficar só em casa não dá. Mulher tem que trabalhar”, defendeu a empreendedora.

Brechó foi montado no campo do Parque dos Buritis. Fotos: André Silva/SN

Margarete já vende na garagem de casa

Eunice: convite para outras mulheres

Meyre Gomes, de 62 anos, há três vende roupas usadas na sala de casa. Ela disse que nesse período já esteve em outras feiras como esta, sempre com o objetivo de alcançar outros públicos.

“Para não ficar só em casa com os afazeres domésticos, eu escolhi trabalhar. Me juntei aqui com a amigas e estou estamos aqui”.

Para Margarete Carvalho, de 42 anos, que comercializa as roupas na garagem de casa, o lugar é grande e cabem mais empreendedoras.

“O campo é grande tem espaço para todas as mulheres, é só chegar, conversar e começar a vender”, assegurou a empreendedora.

Seles Nafes
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