Novas imagens revelam ‘fechada’ e perseguição antes de homicídio de tenente

Vídeos coletados pela polícia praticamente confirmam que houve discussão no trânsito antes de capitão matar tenente
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Por RODRIGO ÍNDIO

Imagens de câmeras de segurança coletadas pela Polícia Civil do Amapá revelaram mais detalhes sobre a dinâmica dos fatos que terminaram com o homicídio do tenente da PM Kleber dos Santos Santana, de 42 anos, assassinado a tiros pelo colega de farda e capitão da reserva, Joaquim Pereira da Silva, de 61 anos.

No último sábado (5), houve uma reprodução simulada dos fatos. A morte aconteceu na manhã do dia 24 no cruzamento da Rua Odilardo Silva com Avenida Cora de Carvalho, no Centro de Macapá. O autor do homicídio alega que não houve discussão e não sabe explicar porque o tenente teria supostamente lhe apontado uma arma, o que o teria obrigado a reagir atirando. A síntese das imagens, contudo, mostra que de fato houve um desentendimento momentos antes da tragédia.

A primeira imagem foi gravada na Avenida Mendonça Furtado. Às 7h30min e 31 segundos, a picape Ranger do capitão Joaquim passa devagar pelo local. 10 segundos depois aparece o veículo Ônix do tenente Kleber já em velocidade.

A câmera de outro estabelecimento mostra o Ônix fazendo a conversão à esquerda na Odilardo Silva. O condutor da Ranger fecha a passagem do Ônix, propositalmente. O tenente freia o carro quase batendo em uma calçada.

Na sequência, a terceira câmera mostra que o Ônix segue a picape que logo acelera. Os dois veículos emparelham no cruzamento da Odilardo com a Almirante Barroso, nas proximidades de uma escola particular e seguem assim por metros.

Carro do tenente foi atingido por quatro tiros

Capitão se apresentou um dia depois do homicídio. Foto: Rodrigo Índio

Simulação no sábado (5)…

…teve participação do capitão

O Ônix ultrapassa a Ranger, logo depois o veículo para. É neste momento que teriam ocorrido os disparos. O atirador aparece saindo da Ranger, indo para trás do veículo e depois de observa que a vítima estava sem vida. Em seguida, o capitão foge do local.

O delegado Luiz Carlos Júnior, que preside o inquérito, falou do andamento do caso.

“Fizemos a reprodução simulada no sábado. O objetivo foi verificar se uma testemunha que afirmou ter visto o tenente apontar a arma tinha condições de avistar isso da posição em que se encontrava no momento do crime. O segundo ponto foi verificar se o atirador conseguiria avistar a arma da vítima se essa arma estivesse em outra posição do corpo dela. O terceiro ponto foi definir o momento e local em que o atirador estava quando iniciou os disparos”, disse.

“Agora vou aguardar os laudos periciais para concluir as investigações. Os peritos têm o prazo de 10 dias para apresentar o laudo”, acrescentou.

Seles Nafes
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