Por RODRIGO ÍNDIO
A Polícia Civil do Amapá começou a fiscalizar o cumprimento de 100 medidas protetivas no município de Macapá. A ação policial, que é a 1ª Operação Penha de 2022 – uma referência à Lei Maria da Penha – faz alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na última terça-feira (8), data da operação.
Nesta quinta-feira (10) foi divulgada uma parcial da ação. De acordo com a delegada Sandra Dantas, que está à frente da operação coordenada pela Delegacia de Crime Contra as Mulheres (DCCM), um dos objetivos é promover um trabalho preventivo para evitar crimes mais graves contra as mulheres.
“Têm alguns casos delicados que ainda estão chegando, onde as mulheres, com medo de denunciar novamente, aproveitaram a oportunidade que a delegada de polícia e equipes estiveram em sua casa e pediram apoio novamente. Elas vão ser atendidas e vamos requerer a prisão desses agressores”, detalhou Sandra Dantas.
Ainda segundo a delegada, nesses dois dias também já foram cumpridos 28 mandados de prisão, que resultaram em 15 acusados encaminhados ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), na zona oeste de Macapá.
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Policiais conversam com vítima de violência doméstica
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Policiais conversam com uma das vítimas
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Delegada Sandra Dantas está à frente da operação
“Os homens estão envolvidos em casos que vêm ocorrendo desde janeiro de 2022. Eles descumpriram a medida protetiva e tentaram contra a vida das ex ou atuais companheiras”, detalhou Dantas.
Os agressores responderão por crimes como: ameaça, lesão corporal, estupro ou tentativa de feminicídio.
Um deles foi recambiado do município de Afuá-PA por ter estuprado e roubado, meses atrás, o celular de uma mulher em um residencial de Macapá. Através do aparelho se chegou até ele. O nome dele não foi divulgado pelas autoridades.
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Um deles foi recambiado do município de Afuá-PA por ter estuprado e roubado, meses atrás, o celular de uma mulher em um residencial de Macapá
A ação envolve 50 policiais de 3 delegacias, e conta com apoio do Coordenadoria da Operações e Recursos Especiais (CORE), Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) e Grupo Tático Aéreo (GTA).
“A operação encerra hoje [10], mas seguiremos diariamente nas ações de combate aos crimes contra a mulher”, garantiu Sandra Dantas.