PF prende 8 contrabandistas de ouro e urânio extraídos no Amapá

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Macapá e mais cinco cidades de fora do Estado.
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Agentes federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva na manhã desta quinta-feira (24), numa operação contra uma organização criminosa que atua no Amapá e outros cinco Estados brasileiros praticando comercio ilegal de ouro e urânio.

Os crimes investigados são de associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, usurpação de matéria-prima da União e extração ilegal de minério.

Mais de 50 policiais vasculharam endereços em Macapá, capital amapaense e em Ananindeua (PA), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Natal (RN) e Palmas (TO). Oito pessoas foram presas, sendo três em Macapá. As autoridades não divulgaram os nomes dos acusados.

As investigações tiveram início após os policiais terem acesso a documentos que comprovariam um esquema ilícito no comércio transnacional de minério de ouro e urânio extraído no Amapá. A quadrilha é composta por negociadores e compradores do minério, segundo a PF.

Agentes vasculharam…

…11 endereços no Amapá…

… e em mais 5 estados. Fotos: Ascom/PF

Dentre as ações do grupo, estavam a falsificação de documentos para “regularizar” os minerais pertencentes à União – e assim praticar seu comércio a partir do Amapá com outras unidades da Federação, no mercado paralelo. Segundo a investigação, em alguns casos, o produto era enviado clandestinamente a países europeus.

A PF identificou indícios que parte do ouro era extraído na Guiana Francesa e Suriname e “esquentado” no distrito do Lourenço, em Calçoene, a 370 km de Macapá. O material era armazenado em Macapá e em Porto Grande. Há indícios ainda que o produto do crime era transportado para os outros Estados a partir de pistas clandestinas no Amapá.

Três pessoas foram presas em Macapá

A extração do ouro também ocorria na Venezuela e era comercializada em Boa Vista/RR. A investigação identificou que em apenas um dos negócios realizados pela organização, o valor ultrapassaria R$ 115 milhões.

A ação policial foi batizada de Operação Au92, uma referência ao símbolo do ouro e do número atômico do urânio na tabela periódica.

Seles Nafes
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