Por ANDRÉ SILVA
Laranjal do Jari, região Sul do Amapá, entrou em alerta depois que o nível do principal rio que banha o município subiu e começou a transbordar, nesta terça-feira (15). Por enquanto, as águas não atingiram a parte urbana da cidade, mas o tempo continua fechado e a Defesa Civil monitora a elevação.
De acordo com o Núcleo de Hidrometeorologia e energias Renováveis do Amapá (NHMET), a régua que mede o nível do Rio Jari marcou 1,90 milímetros, às 12h de hoje.
Isso quer dizer que a população e os órgãos de governança devem ficar em alerta para uma possível enchente nas próximas horas.
A medida da régua vai até 2,11 milímetros sendo 1,60 o normal. A faixa de alerta fica entre 161 a 2,10. Acima de 2,11 milímetros entra o estado de emergência.
De acordo com o meteorologista Jeferson Vilhena, em alguns pontos da cabeceira do rio já há sinais de transbordamento. Ele explicou que o evento está sendo causado pelo acúmulo de águas das chuvas que caíram durante os últimos dias naquela região do estado.
O especialista disse, ainda, que os alertas sobre a cheia dos rios no estado já estão sendo emitidos desde a semana passada e eram direcionados aos rios Oiapoque, Amapari e Jari.
“Isso é em consequência das chuvas que caíram no mês de fevereiro sobre as cabeceiras, não é devido a essa chuva de hoje. Chove nas cabeceiras e leva dias e semanas para a água escoar e descer pelos rios. É isso que estamos vendo no alagamento dessa cidade”, explicou Vilhena.
Equinócio das Águas
Para o mês de março, a meteorologia prevê uma quantidade de chuvas mais elevada e alagamentos nos interiores.
No dia 20 acontece o fenômeno do Equinócio das Águas e o evento coincidirá com a lua cheia e as altas das marés. A previsão é de chuva a partir desta quarta-feira (16) até o dia do evento.
Para os Moradores da Região metropolitana de Macapá e do município de Itaubal, o meteorologista faz uma alerta.
“Significa dizer que o rio pode transbordar, principalmente nas áreas mais fragilizadas em Macapá. Então, a gente está prevendo um equinócio com lua cheia, e se estiver chovendo, a situação fica ainda mais crítica, porque acumula águas da chuva, das marés e as cidades de Macapá e Santana podem ir profundo”, alertou Vilhena.