Blitz educativa: “Vou amar ainda mais”, diz mãe sobre filho autista

Nesta segunda, uma ação educativa nas ruas de Macapá levou informações sobre o autismo
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Por RODRIGO ÍNDIO

Há um ano, Izabel Ramos, de 24 anos, passou a perceber que o filho Paulo Ismael, de 4 anos, tinha dificuldade na fala, apresentava um comportamento impulsivo, inquietude e tinha outras funções cognitivas afetadas. Após 4 meses de luta em busca de acompanhamento especializado, nesta segunda-feira (25), ela recebeu o diagnóstico no Núcleo de Avaliação do Neurodesenvolvimento (Nande). Ismael é autista grau 1 [leve].

“Vou amar ainda mais. Ele é uma criança como qualquer outra, mas têm suas peculiaridades. Ama brincar. Eu vou dar meu melhor como mãe, sempre. Meu medo é a falta de conhecimento das pessoas e quererem distratar ou julgar o meu filho por ele ser explosivo”, desabafou.

“Não é doença, não é contagioso. As pessoas têm que buscar conhecimento e o poder público precisa realizar mais ações para que as pessoas tenham acesso a informação e os autistas também tenham seus direitos em meio a sociedade”, acrescentou.

Hoje, Izabel participou de uma blitz educativa levou para as ruas de Macapá o tema “Autismo – Informar para conscientizar”. A iniciativa é do vereador Dudu Tavares (PDT), que conheceu a família de Paulo Ismael durante a ação de panfletagem.

Blitz entregou material educativo sobre o autismo. Foto: Phellipe Gomes

Cartilhas ensinam por onde começar o diagnóstico

Izabel conheceu Dudu na blitz. Foto: Rodrigo Índio

“Nós precisamos preparar a sociedade pro autista, não o autista para a sociedade. Nós precisamos conhecer o que é o autismo e entender que o autismo não incapacita, que apesar de ser considerado deficiência para fins de direito ele não é uma deficiência que impede a pessoa, não é doença contagiosa. O autista tem vida, tem necessidades, tem direitos, ele deve ser respeitado e valorizado”, comentou Dudu.

Durante a blitz, uma equipe entregou cartilhas que explicam a porta de entrada do atendimento, direitos que os autistas têm a nível municipal, estadual e federal, e como tratar e (não tratar) uma pessoa com autismo.

Seles Nafes
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