‘Dói ver ele solto’, diz idosa sobre ex-genro suspeito

Ritânia (chorando) era mãe de Jaciara. Parentes e amigos de vítimas fizeram um protesto hoje (7) pedindo justiça aos responsáveis
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Por RODRIGO ÍNDIO

Dona Ritânia dos Santos (chorando na foto acima) perdeu a filha de 38 anos, na madrugada de 28 de março deste ano. Jaciara Baia morreu atropelada nas proximidades do Conjunto Macapaba, na zona norte de Macapá.

Uma testemunha viu o marido da vítima, Jesaias Rocha Meneses, de 28 anos, supostamente tentando remover o corpo no porta-malas de um carro modelo Voyage. Ele foi preso em flagrante, mas foi solto durante audiência de custódia no dia seguinte. A juíza Alaíde de Paula entendeu que ele não oferece perigo à ordem pública e nem à continuidade da investigação. A família da vítima ficou desolada.

“É muita dor. Ela deixou 8 filhos e um neto. Sentem muito sua falta, assim como eu. Não estou muito bem pra falar, só digo que dói ver ele solto pelo que fez, nada vai trazer minha filha, mas peço justiça”, disse emocionada a mãe enlutada.

Dona Ritânia, amigos e familiares de vítimas de feminicídio no Amapá ocuparam a frente do Fórum de Macapá, na manhã desta quinta-feira (8), pedindo celeridade no julgamento dos casos e que os culpados sejam responsabilizados.

Parentes de Jaciara…

…e de outras vítimas participaram do protesto. Fotos: Rodrigo Índio/SN

Filha de Jaciara fala com filho no colo

Solange Peres faz parte do movimento “Justiça por Elas”, e conta que o grupo se uniu há um ano na luta contra o feminicídio no estado, dando apoio a vítimas e familiares.

“É um movimento pacífico, mas não menos importante por conta da causa, que é: basta de feminicídio. Os supostos assassinos não podem ficar impunes, eles precisam responder por seus crimes. É necessário que a justiça faça uma busca ativa e tenha esse compromisso”, pediu.

Protesto pediu celeridade da justiça

Solange Perez, do movimento “Justiça por Elas”

Parentes da cabo Emely Miranda, Ingridy Cordeiro, Thayana Pantoja, Kátia Silva e de outras vítimas estiveram no ato. Eles fizeram depoimentos e exibiram cartazes com fotos de mulheres violentadas e frases que pediam justiça.

Seles Nafes
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