Em inspeção, órgãos afirmam que hospital da Unimed não tem como realizar cirurgias

Na manhã desta terça-feira (12), equipes do Procon, COREN, CRM e Ministério Público realizam fiscalização no hospital, na zona norte de Macapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Após uma série de denúncias de usuários, pacientes e médicos, órgãos de fiscalização e conselhos de classes da saúde fizeram uma fiscalização conjunta no Hospital Central da Cooperativa Unimed Fama, localizado no Bairro Jardim Marco Zero, na zona sul de Macapá.

As denúncias vão desde problemas no atendimento via Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) até a falta de estrutura da unidade.

Segundo o Procon Amapá, os usuários do plano de saúde da cooperativa apresentaram documento com a assinatura do corpo médico com relato das condições insalubres do centro cirúrgico, justificando a recusa de diversos médicos em realizarem os procedimentos.

Além do Procon, equipes do Ministério Público Estadual e dos Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren) e de Medicina (CRM-AP) verificaram se a estrutura e as condições do prédio e atendimento oferecem risco a saúde e integridade dos pacientes.

O Procon e o MP também analisaram a possível ocorrência de propaganda enganosa na oferta do contrato de planos de saúde.

Inspeção foi no Hospital Central em Macapá

Representantes do MPE, Procon, Coren e CRM-AP…

… inspecionaram…

… as instalações. Fotos: Rodrigo Índio/SN

“As denúncias são inúmeras, mas o que chama a atenção são aqueles usuários que não conseguem marcar cirurgia pelas condições precárias. Até o mesmo os fornecedores que por não receber não têm condições de fornecer equipamentos necessários. Os médicos por outro lado reclamam das próprias instalações precárias e também salários atrasados”, informou o diretor-presidente do Procon, Luiz Pingarilho.

Segundo ele, outra denúncia é quanto aos exames a que os usuários do plano de saúde têm direito. Quando são encaminhados para as clínicas conveniadas, elas se negam a fazer por falta de pagamento da Unimed, detalha Pingarilho.

“Os próprios médicos denunciam condições de insalubridade estrutural. Então, a situação é muito precária e nós estamos aqui hoje para verificar in loco essa situação e depois ver que medida nós iremos tomar”, concluiu o diretor do Procon Amapá.

O Coren lembrou que tem dois processos fiscalizatórios contra o hospital. A pasta afirma que a enfermagem trabalha com uma sobrecarga no local.

Diretor do Procon, Pingarilho, e promotora Fábia Nilci…

.. comandaram a inspeção

A promotora Fábia Nilci Souza, da Promotoria de Saúde, disse que vários Termos de Ajustamento de Conduta foram firmados com a cooperativa, mas nenhum deles foram cumpridos.

“Entre esses descumprimentos está a central de esterilização, que não foi colocada em funcionamento, isso traz um risco muito grave aos pacientes. Não têm o alvará sanitário e não devia estar funcionando”, afirmou a promotora.

A comissão buscou verificar instalações. O objetivo é conversar com a direção para que a hospital volte a funcionar em condições adequadas imediatamente.

Os representantes do Hospital receberam a comitiva e se disponibilizaram a mostrar o espaço para a fiscalização, e informaram que só irão se pronunciar após conhecimento de todas as denúncias.

Seles Nafes
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