Adolescente que paralisou aulas com ameaça e vídeo de massacre será responsabilizado

Direção da escola, Polícia Civil e Ministério Público fizeram reunião com a comunidade escolar para explicar e alertar pais. Caso ocorreu em Ferreira Gomes, a 137 km de Macapá.
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Por ANDRÉ SILVA

Um adolescente é o único suspeito de ter provocado uma onda de medo na comunidade escolar do município de Ferreira Gomes, distante 137 quilômetros de Macapá.

Ele postou no SEU status do WhatsApp cenas de um massacre ocorrido em uma Igreja na Nova Zelândia, em 2019, transmitido ao vivo no Facebook pelo autor da chacina.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, a história toda teria começado na quarta-feira (4), quando, entre os estudantes da Escola Municipal Pastor Jaci Torquato, surgiu um boato de que haveria um massacre em um dos colégios da cidade.

Na quinta-feira, (5) o adolescente postou no status dele de WhatsApp, prints do vídeo do massacre. Depois da postagem, os alunos passaram a comentar e o assunto foi parar na direção da escola.

“A direção da escola nos procurou após esses comentários, bem como após um adolescente divulgar um vídeo de um massacre ocorrido em uma igreja. Iniciamos as investigações e instaurei procedimento para apurar o fato”, explicou o delegado Felipe Rodrigues.

O fato era que ninguém sabia onde o suposto ataque aconteceria. A notícia se espalhou como fogo em pólvora e logo todos os diretores de escolas do município e alunos ficaram sabendo da iminente ameaça. Isto fez com que toda comunidade escolar de Ferreira Gomes paralisasse as atividades na sexta-feira (6).

Escola, Polícia Civil e Ministério Público fizeram…

… reunião com a comunidade escolar

Segundo o delegado, as forças de segurança do município continuam em alerta, pois, a ameaça de atentado era para a última sexta e para o próximo dia 20.

O adolescente foi chamado para prestar esclarecimento sobre o assunto. No depoimento, disse que tudo não passou de brincadeira e que não teve a intenção de provocar pânico.

Por se tratar de menor de idade, as investigações são voltadas a concluir a efetivação de ato infracional análogo à apologia ao crime e alarma de perigo inexistente ou ato capaz de produzir pânico.

Tudo esclarecido

As aulas voltaram ao normal na segunda-feira (9). Na terça-feira (10), a direção da escola Jaci Torquato realizou uma reunião com a comunidade escolar e estiveram presentes representantes da Polícia Civil e Ministério Público.

No encontro, o delegado Felipe explicou as providências tomadas diante do fato ocorrido e ressaltou a importância da vigilância dos pais junto aos filhos, principalmente, quanto ao uso de celular e redes sociais.

Também ressaltou que incitar ou enaltecer o crime é conduta típica prevista no Código Penal. O inquérito foi encaminhado à Justiça da Infância e Juventude.

Seles Nafes
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