Chefes de quadrilha de coiotes e tráfico internacional de armas são presos no Amapá

Cerca de 50 policiais federais cumpriram mandados prisão e de busca e apreensão nos municípios de Oiapoque, Calçoene, Mazagão e Macapá.
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Duas operações simultâneas da Polícia Federal prenderam, na manhã desta quinta-feira (19), chefes de uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de armas e munições oriundas da Guiana Francesa para o Amapá, além da promoção de migração ilegal para o Estado, principalmente haitianos.

As ações, denominadas Operações Tucson e Calibre, ocorreram nos municípios de Oiapoque, Calçoene, Mazagão e Macapá. Cerca de 50 policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão preventiva.

As investigações iniciaram-se a partir de uma prisão em flagrante ocorrida em setembro de 2021 no município do Oiapoque, quando 10 haitianos foram transportados para o Brasil de forma ilegal.

Foi constatada a existência de um grupo voltado para a prática da migração ilegal, em que o responsável contatava as pessoas que executavam a travessia dos estrangeiros – os chamados coiotes -, além de fornecer todo o aparato para que permanecessem no país, inclusive a estada temporária e o câmbio ilegal.

Após os acertos financeiros, um segundo membro organizava a logística para transitar as pessoas, em sua maioria haitianos, para o território nacional. A PF constatou que alguns dos indivíduos eram contumazes nessa prática criminosa e, por diversas vezes, utilizavam carros alugados na tentativa de dificultar a ação policial.

Além disso, os outros membros do grupo atuavam nos portos cooptando pessoas e fazendo a finalização do transporte em embarcações de Macapá para Belém e outras cidades. Para aproveitar as viagens, o grupo diversificava a atividade criminosa, com a compra de armas e munições oriundas da Guiana Francesa.

Foram cumpridos 16 ordens judiciais…

… 5 de prisão e 11 de busca e apreensão

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de armas e munições, organização criminosa e promoção de migração ilegal, e se condenados, as penas podem chegar a 32 anos de reclusão.

A polícia não divulgou os nomes dos presos e nem que materiais foram apreendidos. Os nomes das operações são referências aos dois núcleos criminosos da quadrilha: Tucson, cidade americana conhecida por ser rota de migração ilegal; e Calibre, referência aos calibres das armas e munições traficadas pelo bando.

Seles Nafes
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