De volta após 2 anos, pescaria do trabalhador reúne centenas de famílias em Macapá

Centenas de trabalhadores e suas famílias foram à Praça Floriano Peixoto, no Centro de Macapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Roni Dalmacio Furtado, de 39 anos, está desempregado há um ano. Neste domingo (1), Dia do Trabalhador, ele acordou cedo, saiu do Bairro Santa Inês e seguiu para a Praça Floriano Peixoto, no Centro da capital, para participar da tradicional pescaria no lago, que retornou este ano, com bastante aglomeração, após dois anos de pandemia.

Mesmo preparando uma isca “especial” – à base de mortadela – não conseguiu fisgar nenhum peixe nas primeiras 3h. Foi então, que viu um passar próximo à mureta e pulou atrás. O almoço foi garantido de um jeito diferente.

“Vou fazer assado. Cheguei umas 7h com meu cunhado e meu filho. Sempre participei, mas nos últimos anos não teve. A isca não funcionou, então peguei com a mão mesmo”, disse.

Durante pescaria muitas pessoas também pularam no lago para pegar os peixes. Porém, nem todos tiveram mesma sorte do Roni.

 

Roni conseguiu garantir o almoço…

… para ele e sua família

Famílias lotaram …

… a Praça Floriano Peixoto…

… para tentar pegar um peixe…

… em meio à grande concorrência. Fotos: Rodrigo Índio/SN

Os amigos, Breno, Grande, César, Rafael e Edy, saíram do Bairro Perpétuo Socorro confiantes numa boa pescaria. A estratégia foi utilizar variadas iscas.

“Viemos na madrugada, com isca de mortadela, camarão, pupunha e charque. Só pegamos esse peixe da foto, graças a Deus, pelo menos ele. Com barulho, não tem como pescar. Mas a festa tá bacana e viemos curtir o nosso dia”, falou Grande.

Os amigos, Breno, Grande, César, Rafael e Edy

A coordenação da pescaria, promovida pela Prefeitura de Macapá, informou que disponibilizou 2 toneladas de peixes das espécies pirapitinga e tambaqui.

Trabalhadores

A programação da Prefeitura de Macapá também serviu para pessoas faturarem um dinheiro. É o caso da dona Rita Maria, de 58 anos. Mãe de 3 filhos e avó de 11 netos, ela é empreendedora ambulante há 35 anos e aproveitou o domingo fazendo o que mais gosta.

Maria Rita aproveitou para faturar..

… as vendas

“Vendo de tudo nas ruas e em pontos onde tem movimentação. Sustento minha casa do meu suor diário, por isso, estou curtindo o Dia do Trabalhador trabalhando, que amo fazer e estou faturando”, comentou a simpatica senhora.

A mesma coisa fez Samuel dos Santos, de 30 anos, que pedalou do Conjunto Macapaba, na zona norte de Macapá, até o evento.

Samuel pedalou do Conjunto Macapaba, na zona norte de Macapá, até o evento

“Há 6 anos vendo salgado depois que fiquei desempregado. É o meu sustento, da minha esposa e da minha filha. Não tem tempo ruim comigo, vou me virando, depois que eu vender quero ver se pego um peixinho”, brincou.

Muitas famílias estiveram presentes. O evento “Feirão do Povo” contou ainda com apresentações artísticas e vendas de produtos regionais.

Seles Nafes
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